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Com aquisição dos ativos móveis da Oi, Tim está negociando a um valuation altamente atrativo

22 dez 2020, 7:13 - atualizado em 22 dez 2020, 7:13
TIMP4 TIM
Na visão do BTG, a consolidação do setor esperada deve criar espaço para as margens do FCF Operacional melhorarem ainda mais nos próximos anos (Imagem: Reuters/Remo Casilli)

Com a aquisição dos ativos móveis da Oi (OIBR3), Tim (TIMP3) está negociando a um valuation altamente atrativo, na visão do BTG Pactual.

O banco realizou uma reunião o CFO da TIM, Adrian Calaza, e com o gerente de RI, Vicente Ferreira, para entender quais são os reais ganhos da compra.

“Saímos da reunião com ainda mais clareza de que a TIM se beneficiará enormemente com a consolidação, pois ganhará escala, fechará seu gap de espectro e agregará uma base de clientes relevante”, avaliou o BTG.

Para o CFO da empresa, existem três grupos principais de sinergias na transação, sendo eles a obtenção de acesso à posição do espectro da Oi; a base de clientes que a TIM está trazendo e a maior competitividade que o negócio trará, ajudando as empresas a reposicionar suas ofertas.

De acordo com o relatório, a aquisição de 44% da operação móvel da Oi pela TIM, adicionaria cerca de R$ 1,8 bilhão em fluxo de caixa
operacional livre adicional, antes dos impostos. À taxa de desconto de 10%, o fluxo de caixa extra significaria um valor justo para o ativo de R$ 17,8 bilhões, pelo qual a TIM está pagando R$ 7,3 bilhões. Após os impostos, a criação de valor seria de R$ 7,3 bilhões ou R$ 3,0 por ação – 21% do preço atual das ações da empresa.

Na visão do banco, a consolidação do setor esperada deve criar espaço para as margens do FCF Operacional melhorarem ainda mais nos próximos anos. Com as ações negociando em níveis relativamente baixos (4,3x EV/EBITDA 2021E vs. pares globais em 6,3x), o BTG vê uma grande oportunidade de compra, com preço-alvo de R$ 20.