Ibovespa tem alta robusta após 6 baixas seguidas, com apoio de Wall Street
Munidos de uma bateria de indicadores econômicos e de resultados corporativos que liviaram maiores temores dos efeitos da crise, investidores retomaram o apetite por ativos de risco, levando para cima as bolsas de valores, incluindo a B3 (B3SA3), cujo principal índice subiu nesta quinta-feira, após seis quedas consecutivas.
Diferente da véspera, o Ibovespa (IBOV) manteve-se firme e até estendeu ganhos durante a sessão, apoiado também em dados domésticos mostrando queda do desemprego e alta do crédito, fechando em alta de 2,59%, aos 118.883,25 pontos.
O giro financeiro da sessão somou 34,85 bilhões de reais.
Embora em alerta permanente para o noticiário da pandemia da Covid-19, os investidores encontraram também nos dados de empresas razões para voltar às compras, especialmente após o Ibovespa ter acumulado perda de 7,35% desde a máxima histórica de 125 mil pontos, no começo do mês.
Para profissionais do mercado, o noticiário envolvendo a pandemia e sobre o frágil cenário fiscal brasileiro deve manter volatilidade dos ativos de risco no médio prazo.
Destaques
IRB Brasil (IRBR3) disparou 17,8%, com investidores imitando o movimento que deu impulso aos papéis da GameStop, de pressionar vendedores a descoberto.
Iguatemi (IGTA3) ganhou 7% puxando a fila do setor.
Multiplan (MULT3) subiu 6,65% e BR MALLS (BRML3) evoluiu 5,9%, recuperando-se de perdas recentes.
A associação do setor, Abrasce, anunciou que o faturamento de suas sócias caiu 33,2% em 2020, a 128,8 bilhões de reais, afetado pelas medidas de isolamento social para combater a coronavírus.
Usiminas (USIM5) ganhou 5,7% e CSN (CSNA3) teve acréscimo de 3,24%.
Produtores de aço anunciaram novos aumentos nos preços no mercado brasileiro, seguindo a elevação no mercado internacional.
Petrobras (PETR4) subiu 1,39%. A Reuters publicou que três consórcios com participação de estaleiros asiáticos estão se preparando para fazer oferta à Petrobras em 1º de fevereiro, na primeira licitação para contratar plataformas próprias em mais de sete anos, e que poderá envolver bilhões de dólares.
Itaú Unibanco (ITUB4) foi apreciada em 4,1%, liderando os bancos de varejo, após o Banco Central divulgar que o estoque de crédito no Brasil subiu 1,6% em dezembro sobre novembro e que a inadimplência em recursos livres caiu de 3% a 2,9%.
Banco do Brasil (BBAS3) teve ganho de 2,83%, Santander Brasil (SANB11) cresceu 4%.
Bradesco (BBDC4) evoluiu 2,94% e
Cielo (CIEL3) foi uma das poucas baixas do índice, caindo 0,72% e devolvendo parte da escalada de 13% registrada na véspera, na esteira de resultados trimestrais acima do esperado.