Com ajuda do iPhone, faturamento da Apple cresce acima do esperado; ação cai em NY
As ações da Apple recuam 3,5% no pós-mercado da Nasdaq nesta quinta-feira (02), em Nova York, reagindo aos resultados da companhia no quarto trimestre fiscal – encerrado em 30 de setembro.
Entretanto, os dados vieram acima do esperado por Wall Street tendo uma grande ajuda das vendas do iPhone, que cresceram 2,8% no período. O que ajudou a compensar a quedas na comercialização de computadores e tablets.
Segundo a Apple, suas vendas caíram perto de 1%, para US$ 89,50 bilhões. Porém, quase US$ 1 bilhão a mais em receita de serviços do que Wall Street esperava. Isso ajudou a empresa superar estimativas dos analistas de faturamento de US$ 89,28 bilhões, de acordo com dados da LSEG.
O lucro líquido cresceu 11%, com o lucro por ação de US$ 1,46 também superando as expectativas dos analistas (de US$ 1,39). No entanto, esses resultados não incluem a maior parte das vendas dos modelos mais recentes do iPhone 15.
Apesar da queda no pós-mercado, os papeis da gigante de tecnologia subiram 2,07% no pregão regular, enquanto avançam 37% no acumulado de 2023.
iPhone enfrenta concorrência acirrada com outras big techs
A Apple enfrenta uma concorrência mais acirrada no mercado de smartphones este ano, à medida que a Huawei Technologies retorna com novos telefones equipados com chips fabricados na China, depois de ter sido praticamente excluída do mercado por vários anos devido às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos.
Com isso, as vendas da Apple na China caíram 2,5%, para US$ 15,08 bilhões.
O presidente-executivo da big tech, Tim Cook, disse que, após a contabilização do câmbio, os negócios da companhia no país asiático cresceram em relação ao ano anterior, impulsionados pelas vendas do iPhone e pela receita de serviços.
“Na China continental, estabelecemos um recorde trimestral para o trimestre de setembro para o iPhone. Tivemos quatro dos cinco smartphones mais vendidos na China urbana”, disse Cook à agência Reuters.
Cook declarou que dois dos novos modelos de ponta da Apple, o iPhone 15 Pro e Pro Max, estão enfrentando restrições de fornecimento. “Estamos trabalhando duro para produzir mais deles. Acreditamos que, ainda neste trimestre, alcançaremos um equilíbrio entre oferta e demanda”, declarou à Reuters.
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Recuperação da Apple no horizonte
Várias tendências globais também estão jogando a favor da Apple, com os analistas prevendo que o mercado de smartphones chegou ao fundo do poço e pode começar a se recuperar em 2024.
Enquanto o mercado de computadores pessoais também deve se sair melhor no próximo ano. No início desta semana, a Apple lançou novas máquinas Mac.
Entretanto, a Apple vem enfrentando vários trimestres de queda nas vendas de Macs e iPads, e o quarto trimestre manteve essa tendência. As vendas de Macs caíram em um terço, para US$ 7,61 bilhões. Já as vendas de iPads caíram 10%, para US$ 6,44 bilhões.
Por enquanto, o iPhone continua sendo o produto mais vendido da marca da maçã. As vendas do dispositivo somaram US$ 43,81 bilhões no quarto trimestre encerrado em 30 de setembro, em linha com as expectativas de Wall Street.
Em contrapartida, as vendas do segmento de aparelhos vestíveis, que inclui o Apple Watch e os AirPods, caíram 3%, para US$ 9,32 bilhões, abaixo das estimativas.
Por sua vez, as vendas no segmento de serviços da Apple, que inclui a Apple TV+, cresceram 16%, para US$ 22,31 bilhões, acima das estimativas dos analistas.
*Com Reuters