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Com a Selic alta por mais tempo, Santander seleciona 3 fundos imobiliários para ter na carteira; veja quais

28 jun 2024, 17:05 - atualizado em 28 jun 2024, 17:05
fundos imobiliários - ifix - relatório santander
Analista pondera que os portfólios com ativos de qualidade seguirão entregando rendimentos mensais “sem surpresa”. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) tem tido o pior desempenho mensal desde novembro de 2022, com uma queda acumulada de 2,11%, de acordo com o último fechamento.

O cenário negativo enfrentado pelo setor foi motivado principalmente pela manutenção da taxa de juros no atual patamar em 10,50% e a comunicação de que a Selic deve se manter mais alta por mais tempo. Somado a isso, a tendência altista para a inflação no curto prazo e uma crise de confiança em relação ao quadro fiscal, tem feito a curva de juros se manter elevada.

Com isso, o Santander alterou uma de suas preferências para o setor. Se antes o Flávio Pires, analista que assina o relatório, via uma continuação nos cortes de juros, o que beneficiaria os fundos de tijolo, agora, para o curto e médio prazo, avalia que fundos imobiliários como o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) possam ser mais atrativos. Isso porque esse FII tem quase 100% da carteira indexada ao CDI.

Além deste, os fundos TRX Real State (TRXF11) e BTG Pactual Logística (BTLG11) complementam o Top 3 do banco. Segundo a análise, ambos negociam com preços mais atrativos de entrada e contam com portfólios robustos para seguirem com boas receitas.

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Fundos imobiliários: o cenário para os próximos meses

Mesmo em um contexto mais desafiador, Pires pondera que os portfólios com ativos de qualidade seguirão entregando rendimentos mensais “sem surpresa”.

Enquanto isso, os FIIs mais líquidos, com base pulverizada de investidores e que negociam com algum ágil, continuarão captando novos recursos por meio de follow-ons.

Já as cotas no mercado secundário seguirão sensíveis e marginalmente mais voláteis, com potencial apreciação dependendo do corte de juros e conjuntura macroeconômica mais positiva.

Quanto as estimativas para o volume de captação de recursos, o analista de fundos imobiliários projeta entre R$ 35 bilhões a R$ 45 bilhões, que podem ser impulsionados pelo apetite de grandes gestoras de FIIs em alcançar um número maior de investidores e da capacidade de realizarem negócios na cifra do bilhão.

Com isso, a estimativa é de que nos próximos meses entrem 600 mil novos investidores no mercado de fundos imobiliários. Até os quatro primeiro meses do ano foram 174 mil novos ingressantes, fechando o período em mais de 2,7 milhões de cotistas. Até o final do ano é esperado ao menos 3,1 milhões.