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Com a alta do diesel, Confederação Nacional do Transporte defende frete mais caro

13 mar 2022, 19:07 - atualizado em 13 mar 2022, 19:07
Biodiesel
A Petrobras (PETR4) anunciou um aumento de quase 25% do diesel nas refinarias (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Após a Petrobras (PETR4) anunciar na última quinta-feira (10) o reajuste do valor do diesel em quase 25%, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) passou a defender o repasse imediato dos novos custos para o valor dos fretes.

Em nota, a confederação afirmou que a medida se justifica “para evitar o colapso de inúmeras empresas transportadoras, que, antes mesmo desse novo reajuste, já vinham negociando com os seus clientes o repasse dos quase 50% de aumento no diesel registrado em 2021”.

O presidente da CNT, Vander Costa, afirmou que o setor se preocupa com a população e sabe das consequências do aumento do valor do repasse, mas não “há mais condições de segurar o aumento”.

Leia a nota na íntegra:

A CNT (Confederação Nacional do Transporte), entidade de representação do setor de transporte no Brasil, defende a necessidade da recomposição imediata do preço do frete rodoviário em razão do reajuste anunciado pela Petrobras, nessa quinta-feira (10), de quase 25% no valor do óleo diesel, principal insumo do setor Brasil. Os novos valores começaram a ser praticados nesta sexta-feira (11) em todo o país.

A Confederação entende que tal medida se justifica para evitar o colapso de inúmeras empresas transportadoras, que, antes mesmo desse novo reajuste, já vinham negociando com os seus clientes o repasse dos quase 50% de aumento no diesel registrado em 2021. Caso não haja o repasse imediato, a operação de transporte no Brasil corre o risco de se tornar inviável.

Sem questionar a legitimidade da Petrobras em definir sua política de preços, a CNT alerta que a trajetória ascendente dos valores cobrados pelo insumo afeta diretamente a atividade transportadora, seja a do segmento de cargas ou o de passageiros, que já trabalham com margens muito reduzidas de lucro.

Além disso, os sucessivos reajustes do preço cobrado em bomba devem ser repassados ao consumidor final.

“É claro que nos preocupamos com a população e com as consequências que o repasse desse aumento trará na vida das pessoas. Estamos atentos e muito preocupados com toda essa situação, mas o setor, infelizmente, não tem mais quaisquer condições de segurar esse aumento, que deve ser repassado imediatamente no valor frete. Do contrário, colocaremos em risco a própria sobrevivência de muitas empresas de transporte, que são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil”, afirma o presidente da CNT, Vander Costa.

Reajuste da Petrobras

O anúncio do aumento do preço do diesel nas refinarias foi feito na última quinta-feira (10). A estatal também anunciou reajuste para a gasolina e para o GLP.

Segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), feito entre os dias 06 e 12 de março, o preço médio hoje do diesel no Brasil é de R$ 5,814 o litro.

O Estado com o preço médio do litro mais caro é a Bahia, onde o combustível está R$ 6,988; seguido do Acre, a R$ 6,64.

Veja o ranking do preço do óleo diesel nos Estados brasileiros:

Estado Preço médio do litro (R$)
Bahia 6,988
Acre 6,64
Sergipe 6,459
Pernambuco 6,285
Mato Grosso 6,098
Rondônia 6,062
Piauí 6,035
Pará 5,991
Ceará 5,981
Roraima 5,941
Maranhão 5,916
Tocantins 5,901
Alagoas 5,825
Rio Grande do Norte 5,824
Goiás 5,822
Distrito Federal 5,757
Mato Grosso do Sul 5,746
Minas Gerais 5,731
Amapá 5,719
Santa Catarina 5,691
Paraná 5,663
São Paulo 5,658
Rio de Janeiro 5,627
Paraíba 5,624
Rio Grande do Sul 5,609
Amazonas 5,574
Espírito Santo 5,433

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