Com 100% da Kangu, Mercado Livre reforça dois pilares de sucesso no e-commerce
Ao adquirir 100% da Kangu, o Mercado Livre (MELI) reforçou dois pilares importantes para o sucesso de um e-commerce na América Latina: redução do tempo de entrega e menores custos, disse o BTG Pactual (BPAC11).
Além disso, a aquisição reforça a estrutura logística da companhia, que tem trabalhado nos últimos anos para expandir sua malha e reduzir a dependência em relação aos Correios.
“Embora o Mercado Livre tenha aumentado sua malha logística com transportadores terceiros últimos dois anos, reduzindo sua dependência dos Correios para menos de 10% das entregas (versus ~90% há alguns anos), este movimento reforça a estrutura logística da empresa para sellers de diferentes portes (principalmente os menores)”, afirmou o BTG.
O banco tem o Mercado Livre como a ação top pick no setor para este ano. Os analistas reiteraram a compra do papel, apesar de estar caro.
“Vemos espaço para alta e continuamos a ver o Mercado Livre como um vencedor no setor de e-commerce e pagamentos da América Latina”, disse o BTG.
O Mercado Livre comprou 100% da Kangu em uma operação cujo valor não foi revelado. A companhia passa a contar com a estrutura de cerca de 5 mil pontos da Kangu espalhados por 700 cidades no Brasil, México e Colômbia. A Kangu usa pequenas lojas de bairro como pontos de coleta e entrega de encomendas.
Desde 2019, o Mercado Livre usa os serviços da Kangu por meio de um esquema de parceria.
Os cofundadores e copresidentes da Kangu, Marcelo Guarnieri e Ricardo Araújo, seguirão à frente do negócio. A Kangu continuará atendendo outros parceiros além do Mercado Livre.
Na avaliação do Itaú BBA, além da exclusividade da tecnologia da Kangu, a aquisição permitirá uma melhor integração com a plataforma do Mercado Livre.
O Itaú BBA manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e preço justo de US$ 1.971 para a ação da companhia.