Coluna do TradingView: Ibovespa inicia o ano estressado com novo governo
Mercado reage mal as falas da posse do Lula e posteriormente dos desdobramentos dos seus primeiros atos. As falas de posse e entrevistas recentes do Ministro da Fazendo, Fernando Haddad também já deixaram os investidores com o pé atrás. O mercado opera com juros estressados e setor de segurança valorizando, bolsa para baixo. Veja como os analistas do TradingView estão olhando inicio de 2023.
Caique Stein
Hoje trago a análise de TAEE11, que tem sido a maior empresa pagadora de dividendo dos últimos anos. Como muitos já perceberam, ela iniciou um processo de correção no preço, que fez desabar mais de 17% nos últimos 3 meses. Mas, e agora? Tem espaço para corrigir mais ou já é o momento de entrar comprando?
Neste post, não trago boas notícias para quem gostaria de abrir compra neste exato momento. Ainda vejo uma possível continuidade do movimento de baixa. Isto é, depois de 4 semanas consecutivas de queda, o papel testou um importante nível de suporte em 32,40 e conseguiu se sustentar. Neste momento, uma correção da queda mencionada vem sendo apresentada, contudo, o movimento anterior teve força relevante na ponta vendedora, que ainda se mantém presente no cenário.
Por conta dessa pressão vendedora ainda presente, enquanto o papel não retornar para cima dos 37,00 reais, vejo como mais provável, após o término da correção, a sequência do movimento de baixa em direção ao próximo suporte, na faixa dos 28,00. Neste nível de preço, começo a ver com bons olhos a possibilidade de novos aportes visando o longo prazo do papel. Principalmente para quem investe com foco em dividendos.
E para quem tem interesse em apenas se aproveitar do movimento de baixa, operando na ponta vendedora, a região dos 28,00 seria um alvo interessante. Vale ressaltar que, por conta de ser um ativo com uma volatilidade mais baixa, e muitos compradores de longo prazo ainda posicionados, essa correção pode ser apresentada de maneira mais lenta, demorando alguns meses para buscar os 28,00 reais. (Ver o gráfico dinâmico).
Anderson MCzal
Olhando para o gráfico diária da BRFS3, perfil de volume marcou uma POC no fundo do poço indicando um forte suporte em velhos preços de 2006/2005. Candles distantes do canal de baixa. Última LTB foi rompida. Preparando para subir. Mínimas de candles com ultra volume marcados como resistências porque tiveram forte atuação do mercado e possível marcação de posição.
Conclusão: bateu em um forte suporte, deve andar de lado um pouco para os tubarões comprarem barato, portanto viés neutro no momento e, próximo estágio deve pegar embalo para alta. Momento sugere compra da ação ou opção de Call com alvo na próxima resistência e strike daqui a uns 2 ou 3 meses. (Ver mais sobre ações).
Chifochams
Após uma queda de mais de 40%, o ativo da EMBR3 está se consolidando. Prestem atenção no esgotamento da força vendedora com quedas sucessivamente menores, um belo padrão de contração mostrando que vendedores se esgotaram e compradores estão tomando posse. A linha de resistência desenhada no gráfico é um excelente sinal de compra com baixo risco. O volume aqui interpretado pelo OBV, demostra mudança de tendência baixista para altista, este sinal pode as vezes preceder a alta antes da consolidação.
Comparado ao Ibovespa, a EMBR3 está ganhando força, iniciando um desempenho superior representado pelo Mansfield Relative strength ou qualquer indicador de comparação (não confundir com RSI), no meu caso eu comparo os ativos brasileiros o a própria Ibovespa (azul) e também com o SP500 (cinza clara).
Um dos principais motivos para compra de um ativo por grandes investidores é o lucro que a ação pode entregar pelo EPS chamado também de dividendo. Analistas técnicos puros nem olham para indicadores fundamentais, porém vários estudos demostraram que comprar uma ação com dividendo em crescimento entrega maior probabilidade de compra com lucro. Cada caso é um caso, e no caso da EMBR3 temos dividendos a cada vez “menos pior” ainda deixando a desejar. Com a resolução da pandemia, o aumento do fluxo aéreo e da demanda por novas naves o novos contratos de manutenção, um clima favorável ao crescimento pode ser esperado. (Ver análise na integra).
Mazola
O DXY ou índice do dólar americano é um índice que mede o valor do dólar americano em relação a uma cesta de outras moedas. É composto por seis moedas principais: euro , libra esterlina, iene japonês, franco suíço, dólar canadense e coroa sueca.
Podemos ter o índice DXY ja precificando um possivel aumento novamente nas taxas de juros, ou apenas manter em 0.50%. Lembramos tb que o EUA esta passando pela maior crise de temperatura dos ultimos 30 anos. Zona do euro entrando em inverno rigoroso, e com problemas energéticos.
Na minha opnião 1 e 2 trimestre de 2023 ainda podemos ter as variaveis em Bear market. Uma desaceleração precosse das taxas de juros pode causar um segundo pico na inflação, e causar uma estagnaflação, o que nenhum governo quer! (Ver mais sobre DXY).
Disclaimer: As análises aqui apresentadas são apenas estudos. Elas não são recomendações de investimento, nem de compra nem de venda, tampouco refletem a opinião do veículo de mídia na qual estão sendo divulgadas. São estudos direcionados a pessoas com conhecimento e experiência no mercado financeiro.
Nossos Autores: Caique Stein, Anderson Mczal, Chifochams e Mazola.