Política

Colombianos escolherão entre candidato de esquerda e empresário excêntrico no domingo

18 jun 2022, 16:00 - atualizado em 17 jun 2022, 9:36
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O próximo presidente dos colombianos irá receber uma economia em crescimento (Imagem: REUTERS/Luisa Gonzalez)

Os colombianos votarão no domingo para escolher o próximo presidente, entre o candidato de esquerda Gustavo Petro, que promete profundas reformas sociais, e o empresário excêntrico Rodolfo Hernández, que encontrou terreno fértil na retórica anticorrupção apesar de enfrentar investigações de irregularidades.

Com pesquisas mostrando os candidatos em empate técnico, a eleição pode ser uma das mais acirradas da história recente da Colômbia.

Petro, ex-prefeito de Bogotá e atual senador, prometeu melhorar as condições sociais e econômicas de um país onde metade da população vive em alguma forma de pobreza.

“Petro é o presidente que a Colômbia precisa agora”, disse Nora Guevara, uma contadora de 48 anos de Bogotá que estava distribuindo panfletos para ele.

Ex-membro do movimento guerrilheiro M-19, Petro propôs uma ambiciosa reforma tributária de 13,5 bilhões de dólares –equivalente a 5,5% do produto interno bruto da Colômbia– financiada por impostos mais altos sobre os mais ricos.

Hernández, um candidato surpresa no segundo turno, foi impulsionado por promessas anticorrupção, planos para encolher o governo e moradia para os pobres.

No entanto, ele enfrenta uma investigação da Procuradoria-Geral por supostamente intervir em uma licitação de coleta de lixo enquanto prefeito de Bucaramanga, para beneficiar uma empresa para a qual seu filho fazia lobby.

Hernández nega as acusações e apoiadores gostam de sua imagem anti-establishment.

“Rodolfo… é um voto de protesto, um voto em que qualquer coisa que soe político é rejeitada”, disse o administrador imobiliário Juan González, de 45 anos, em um evento de campanha de Hernández nos arredores de Bogotá.

O próximo presidente da Colômbia receberá uma economia em crescimento, após profunda crise causada pela pandemia de coronavírus.

O PIB do país cresceu um recorde de 10,7% em 2021 e deve subir 6,5% em 2022. O déficit do governo deve atingir 5,6% do PIB, em comparação com uma meta anterior de 6,2%.

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