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Colômbia precisa de mais 2 meses para encerrar atrasos nas exportações de café

29 jun 2021, 18:52 - atualizado em 29 jun 2021, 18:52
Café
Eu não acredito que isso irá atrapalhar nosso esforço para normalizar as exportações de café até agosto (Imagem: REUTERS/Jose Cabezas)

As exportações de café da Colômbia irão precisar de pelo menos mais dois meses para alcançar os atrasos nos embarques de café causados pelos protestos anti-governo de maio, disse a federação de produtores de café FNC nesta terça-feira.

Roberto Velez, presidente executivo da FNC, disse a jornalistas que cerca de 700 mil sacas de café não puderam ser embarcadas durante os protestos que bloquearam as estradas para os portos, mas ele disse que o fluxo de mercadorias foi normalizado no país, o segundo maior produtor de café arábica no mundo.

Velez afirmou que a federação, que é de longe a maior exportadora de café colombiano, não irá mudar a sua estimativa para as exportações em 2021, atualmente vista entre 11,5 milhões e 12 milhões de sacas, apesar de dificuldades como escassez de contiveres.

“Nós estamos confiantes que teremos contêineres suficientes. Eu não acredito que isso irá atrapalhar nosso esforço para normalizar as exportações de café até agosto”, disse Velez durante teleconferência do escritório da FNC em Nova York.

O café colombiano possui um grande mercado nos Estados Unidos, o maior consumidor do mundo. Torrefadores dos EUA tem lutado para garantir ofertas devido ao atraso de exportações, pagando preços mais altos por lotes que já estão no país.

Velez também afirmou que havia provavelmente uma substituição do café colombiano no mercado, com alguns torrefadores alternando para outras origens de café arábica suave.

Mas ele acredita que isso é muito limitado devido à pequena disponibilidade de café na América Central, assim como pela menor safra brasileira este ano.

“Então, não faria muito sentido trocar e ter que voltar para o café colombiano depois de alguns meses.”

Ao ser questionado se os bons preços de café atuais, próximos à máxima em mais de quatro anos, poderia impulsionar a produção na Colômbia, o executivo da FNC disse que isso não é provável, pelo aumento nos custos de produção devido à alta nos preços de defensivos e fertilizantes.

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