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Colômbia mira empresas na Ásia com planos de realocação

02 set 2020, 17:03 - atualizado em 02 set 2020, 17:04
EUA
De um grupo inicial de 250 candidatos potenciais, o governo da Colômbia identificou cerca de 20 empresas americanas que manifestaram interesse em se mudar para o país andino (Imagem: Pixabay)

A Colômbia está de olho em empresas da Ásia à Europa e América Latina que buscam se expandir ou transferir unidades para o país andino. O governo planeja oferecer incentivos fiscais e adotar medidas para facilitar o investimento.

A iniciativa faz parte de um plano para atrair US$ 11,5 bilhões por ano em investimento estrangeiro direto não relacionado a hidrocarbonetos até 2022, em relação a uma média de cerca de US$ 9 bilhões. E como medidas de isolamento social e restrições de viagens para conter a propagação da Covid-19 levaram milhares de empresas à falência e elevaram o desemprego urbano para quase 25%, a Colômbia conta com novos investimentos para impulsionar a geração de empregos e as exportações.

De um grupo inicial de 250 candidatos potenciais, o governo identificou cerca de 20 empresas americanas que manifestaram interesse em se mudar para o país andino, segundo o ministro do Comércio, Indústria e Turismo, José Manuel Restrepo.

E embora a Colômbia já tenha definido um plano para as empresas se realocarem dentro de suas fronteiras, o projeto coincide com o esforço do presidente Donald Trump de trazer empresas de volta aos Estados Unidos ou a seus parceiros, como Colômbia, que será incluído em uma fase piloto, segundo Restrepo.

“O que está absolutamente claro é que a estratégia de realocação é uma estratégia colombiana”, disse Restrepo em entrevista. “Queremos aproveitar os 17 acordos de livre comércio da Colômbia para definir o país como um centro de exportação.”

A localização geográfica do país com acesso e portos nos oceanos Atlântico e Pacífico também é um fator que ajuda a atrair investimentos.

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As companhias identificadas pela Colômbia pertencem principalmente aos setores de moda, tecnologia da informação, metalurgia, agroindústria e indústria farmacêutica (Imagem: Unsplash/ @theburbgirl)

O próximo passo é agendar visitas às empresas identificadas, a maioria delas localizadas na Ásia, disse Restrepo. Embora tenha se recusado a nomeá-las, disse que as companhias pertencem principalmente aos setores de moda, tecnologia da informação, metalurgia, agroindústria e indústria farmacêutica.

Depois de a economia ter encolhido um recorde de 15,7% no segundo trimestre em relação ao ano anterior, a Colômbia inicia neste mês uma nova fase com mais empresas sendo reabertas, contando com a demanda do consumidor para ajudar a impulsionar a recuperação econômica, disse Restrepo. Os indivíduos agora podem ir a shoppings e restaurantes e viajar por via rodoviária e aérea, dando um impulso muito necessário a vários setores, incluindo o turismo, um dos mais atingidos pela pandemia.

O governo prevê que queda de 5,5% do PIB neste ano e crescimento acima de 6% em 2021.

A Colômbia tem o sétimo número mais alto de casos confirmados de Covid-19 no mundo, com quase 625 mil infecções, enquanto o número de mortes ultrapassa 20 mil.

“Nosso grande esforço até o momento era reativar a economia do lado da oferta”, disse Restrepo. “Agora existe um processo de acionamento da demanda. É uma virada de 180 graus em relação ao modelo que tínhamos até agora, o que é muito importante.”

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