Colômbia corre risco de desacelerar com envelhecimento, diz OCDE
O envelhecimento da população colombiana pode levar a um crescimento econômico menor e mais fraco, a menos que implemente reformas para liberalizar o comércio e aumentar a produtividade, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Sem essas reformas, à medida que a economia perde os benefícios de ter uma população relativamente jovem, sua taxa de crescimento anual potencial diminuirá para 1,6% em 15 anos e para 0,9% em 30 anos, disse a OCDE em um relatório publicado na quinta-feira. Isso seria abaixo do crescimento econômico médio de 3,8% visto entre 2000 e 2019.
“O crescimento da produtividade tem sido fraco há duas décadas e a Colômbia ficou atrás de seus pares regionais em termos de produtividade do trabalho”, disse a organização. “O envelhecimento da população retirará o impulso anterior ao crescimento de uma força de trabalho em expansão nos próximos anos e, a menos que a produtividade e o investimento compensem essa perda, o crescimento potencial deve diminuir drasticamente.”
As altas tarifas e regulamentações da Colômbia a tornam menos aberta ao comércio do que Brasil, México, Chile e Peru, segundo o relatório.
Ao mesmo tempo, os altos custos não salariais e um salário mínimo que é cerca de 90% do salário médio prendem milhões de pessoas no setor informal, onde são excluídas do acesso a benefícios previdenciários, como pensões ou seguro-desemprego.
Um conjunto ambicioso de reformas para melhorar a regulação e a concorrência doméstica, cortar barreiras ao comércio exterior, reformar impostos e fortalecer instituições permitiria à Colômbia atingir os padrões de vida aproximados de países como Costa Rica, Argentina e Uruguai dentro de 15 anos, disse o documento.
No entanto, a Colômbia não progrediu em muitas das recomendações da pesquisa de 2019 da OCDE, disse o relatório.
A economia crescerá 5,5% este ano, segundo a previsão.