Colômbia: 20 mil pessoas participam de protesto contra a morte de líderes indígenas
Durante a noite e a madrugada desta quarta-feira (22), a cidade de Bogotá recebeu uma operação de limpeza, reparação e manutenção, para retirar destroços e limpar as ruas após manifestações. De acordo com a Polícia Nacional colombiana, cerca de 20 mil pessoas foram às ruas ontem (21), em todo o país, protestar contra o assassinato de líderes sociais e indígenas e contra os recentes escândalos de interceptações telefônicas ilegais envolvendo membros do Exército.
Os manifestantes também protestaram contra as ações do Esquadrão Anti-distúrbios da Polícia colombiana (Esmad) nos protestos, iniciados em novembro do ano passado, quando um estudante foi morto por um agente do esquadrão.
Apesar das manifestações terem sido majoritariamente pacíficas, houve registro de vandalismo e confrontos com a polícia. Lojas e comércios depredados, 15 postos de gasolina e 37 ônibus vandalizados, vidraças quebradas, pneus queimados e cercas arrancadas, foram o resultado das manifestações de ontem (21) em Bogotá.
A prefeita da cidade, Claudia López, recém empossada, passou pela primeira grande provação de sua administração. Ela havia anunciado que colocaria o efetivo do Esquadrão Anti-distúrbios nas ruas como último recurso. Diante da ação de vândalos e dos confrontos com a polícia, a prefeita ordenou a ação da força especial da polícia. Dos 20 pontos da capital em que houve protestos, apenas em quatro o Esmad precisou intervir, disse a prefeita.
No twitter, López disse que “o que as pessoas viram ontem não foi a Força Pública agindo violenta e excessivamente, mas vândalos agredindo e atacando nossa polícia enquanto eles defendiam bravamente os cidadãos”.
Ainda no twitter, López divulgou balanço comparando os resultados da manifestação do dia 21 de novembro e as de ontem (21). Enquanto em novembro passado 102 ônibus foram vandalizados, ontem foram 37. O número de feridos também diminuiu, de 100 para oito.