Collins, do Fed, diz que está inclinada a elevação de 0,25 p.p. nos juros
A presidente do Federal Reserve (Fed) de Boston, Susan Collins, disse que está inclinada a um aumento nas taxas de juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião de política do banco central norte-americano, segundo entrevista publicada pelo New York Times nesta quarta-feira.
“Acho que 25 (pontos-base) ou 50 seriam razoáveis; neste estágio, eu me inclinaria para 25, mas depende muito dos dados”, disse Collins, segundo o jornal.
Collins detinha no ano passado direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) para definição das taxas, mas não possui neste ano diante da normal rotação dos líderes de bancos regionais no painel.
Ela se tornou presidente do Fed de Boston no ano passado depois de trabalhar no ramo acadêmico.
As declarações de Collins ocorrem antes da próxima reunião de política monetária do Fed, em 31 de janeiro e 1° de fevereiro.
O Fed elevou os juros em um ritmo historicamente agressivo no ano passado, aumentando a meta da taxa overnight de níveis próximos de zero para entre 4,25% e 4,5%.
As autoridades indicaram mais aumentos para 2023 e veem a taxa chegando a 5,1%, onde provavelmente permanecerá por um período prolongado, já que o Fed busca combater os níveis mais altos de inflação em décadas.
O Fed elevou os juros em 0,75 ponto percentual quatro vezes no ano passado, antes de desacelerar para um aumento de 0,50 ponto percentual em dezembro.
Há um debate ativo nos mercados financeiros agora sobre se os sinais de arrefecimento da inflação vão permitir uma nova redução no ritmo da alta das taxas.
Nas negociações na tarde de quarta-feira, os mercados futuros estavam precificando uma probabilidade de 80% de o Fed elevar os juros de curto prazo em 0,25 ponto percentual.
Na entrevista ao New York Times, Collins disse que elevar as taxas mais lentamente poderia trazer benefícios. “Ajustar lentamente dá mais tempo para avaliar os dados recebidos antes de tomarmos cada decisão, à medida que nos aproximamos de onde vamos parar. Mudanças menores nos dão mais flexibilidade”, disse ela.