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Colheita de soja do Brasil soma 2,5 milhões de toneladas, a mais lenta em 10 anos, diz AgRural

01 fev 2021, 10:14 - atualizado em 01 fev 2021, 10:14
Soja
A AgRural havia alertado em outubro do ano passado que janeiro teria pouca soja nova entrando no mercado devido ao atraso no plantio da safra 2020/21 (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A colheita de soja da safra 2020/21 do Brasil somou cerca de 2,5 milhões de toneladas ao final de janeiro, no ritmo mais lento desde a temporada 2010/11, após um atraso no plantio e chuvas recentes terem prejudicado os trabalhos, apontou nesta segunda-feira a consultoria AgRural.

Até a última quinta-feira, a colheita havia atingido 1,9% da área cultivada no Brasil. Uma semana antes, 0,7% da área estava colhida, enquanto na mesma época do ano passado atingia 8,9%.

O atraso na colheita no maior produtor e exportador de soja do mundo tem estressado o mercado, uma vez que a programação de navios nos portos brasileiros para fevereiro indica demanda para exportação de mais de 8 milhões de toneladas de soja.

A maior parte do volume colhido está em Mato Grosso, maior produtor do país, e o volume representa pouco mais de um quinto das 11,7 milhões de toneladas registradas até a mesma data em 2020.

A AgRural havia alertado em outubro do ano passado que janeiro teria pouca soja nova entrando no mercado devido ao atraso no plantio da safra 2020/21.

“Na época, a estimativa era de pouco mais de 3 milhões de toneladas. Agora, com as chuvas contínuas na segunda metade de janeiro e o alongamento do ciclo de parte das lavouras, o total de fato colhido acabou sendo ainda menor do que o previsto três meses atrás”, afirmou a consultoria.

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A maior parte do volume colhido está em Mato Grosso, maior produtor do país, e o volume representa pouco mais de um quinto das 11,7 milhões de toneladas registradas até a mesma data em 2020 (Imagem: REUTERS/Gustavo Bonato/File Photo)

Além de dificultar a entrada das máquinas em algumas regiões, as chuvas recentes trazem preocupações em torno da qualidade, devido ao excesso de umidade.

“Essa perda, de fato, existe. Mas, por enquanto, ela é restrita a áreas pontuais, já que, com o atraso da safra, são poucas as lavouras já prontas para colher”, explicou, acrescentando que as chuvas de janeiro foram benéficas para o desenvolvimento.

Segundo a consultoria, “caso o padrão de tempo mais fechado se estenda, a colheita poderá sofrer atrasos ainda maiores em fevereiro, com aumento dos casos de perda de qualidade e, em situações mais extremas, redução de produtividade”.

Por ora, a AgRural estima a produção de soja do Brasil na safra 2020/21 em 131,7 milhões de toneladas, volume praticamente inalterado em relação à projeção de dezembro.

Em relação ao milho, a Agrural disse que, até quinta-feira, 1,5% da área prevista para a safrinha 2021 de milho estava plantada no centro-sul do Brasil, índice mais baixo para esta época do ano desde 2013, devido ao atraso da safra de soja.

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