Internacional

“Coletes amarelos” voltam às ruas de Paris

16 nov 2019, 11:28 - atualizado em 16 nov 2019, 11:28
Até as 11h30, hora de Paris, já tinham sido feitas 33 detenções e 1.204 pessoas foram controladas preventivamente, de acordo com a polícia de Paris. (Imagem: REUTERS/Philippe Wojazer)

Numa manifestação convocada para marcar o primeiro aniversário do movimento dos “coletes amarelos”, a polícia lançou hoje (16) gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes nas ruas de Paris.

Até as 11h30, hora de Paris, já tinham sido feitas 33 detenções e 1.204 pessoas foram controladas preventivamente, de acordo com a polícia de Paris.

Junto à Praça de Itália, houve situações de confronto e tensão entre a polícia e jovens de cara tapada que estavam no meio dos “coletes amarelos”, como conta RTP. A polícia disparou balas de borracha e lançou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, que aproveitaram restos de uma obra para atacar a polícia.

Dezenas de estações de metro estão fechadas, sobretudo no centro da cidade.

Na periferia de Paris, na Porta Champerret, registaram-se novos confrontos com a polícia, quando os manifestantes tentaram cortar a estrada.

“Nada mudou”, diz líder dos “coletes amarelos”

Jeremy Clement foi entrevistado pela RTP junto aos Campos Elísios, onde tentava manifestar apesar da proibição. Este líder do Movimento dos “Coletes Amarelos”, que começou há um ano, argumenta que nada mudou em França, a pobreza permanece e continua a não haver uma resposta eficaz do Estado.

O movimento dos “coletes amarelos” surgiu a meio do mês de novembro de 2018, originalmente para contestar os preços dos combustíveis e o elevado custo de vida, mas rapidamente alastrou para um movimento mais amplo contra o Presidente francês Emmanuel Macron e a sua política económica.

Protestos que muitas vezes degeneraram em violentos confrontos com a polícia, sobretudo na capital. Milhares de pessoas foram detidas durante as manifestações.

Para um português residente no centro de Paris, as constantes manifestações e violência foram marcantes. “são manifestações por tudo e por nada”, critica.

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