Colchão de liquidez permanece confortável, mas reformas são necessárias, diz Funchal
O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, afirmou nesta segunda-feira que o Tesouro Nacional trabalha com um colchão de liquidez que permanece acima dos níveis prudenciais para a gestão da dívida pública, mas ressaltou que a melhor alternativa para o país é o avanço das reformas.
Em audiência pública no Congresso, Funchal disse que hoje a curva de juros está “bastante inclinada” justamente por conta das incertezas em relação ao processo de consolidação fiscal.
No ambiente de Selic baixa, justificou ele, a maior incerteza acaba se refletindo na demanda por títulos curtos, provocando um encurtamento da dívida, com aumento das torres de vencimentos.
Funchal disse que o Brasil já tem endividamento maior que seus pares, com crescimento da dívida significativo ao longo deste ano para fazer frente a demandas sociais trazidas pela crise do coronavírus.
“Dever de casa é debater as melhores saídas e propostas para retomar controle de contas”, afirmou ele aos parlamentares.
O secretário do Tesouro ressaltou ser importante manter a dívida estável, com previsão de queda do endividamento.
“Aí sim vamos ter impacto bastante positivo sobre custo da dívida e reflexo automático sobre financiamento a empresas”, complementou.