Colado à recessão à vista, range de preços do cacau amarga a vida do produtor
Os preços do cacau transitam entre US$ 2,45 mil a US$ 2,27 mil a tonelada há semanas em Nova York, hora mais próximo do piso, como na debandada geral do risco desta sexta (23), na qual cai 2,80%, hora mais para cima, em momentos de algum acomodamento.
Nesse range, o produtor brasileiro só enxerga perdas.
Convertida a cotação em reais, já com o prêmio de US$ 50 por tonelada, o cacauicultor baiano está recebendo R$ 177 por @ da amêndoa. Caiu mais de R$ 100, segundo o analista Adilson Reis.
Na comparação com o que se viu nesta mesma época, em 2021, a diferença é extrema. Lá atrás os processadores chegaram a pagar até US$ 700/@ de ágio na porta da fazenda.
Só que o cenário poderia ser até outro, de recuperação, não fosse os fundos operando só na saída, precificando o futuro do consumo em linha com as perspectivas de recessão se consolidando em destinos importantes, como Europa e Estados Unidos.
Reis, CEO da Mercado do Cacau, no entanto, ainda vê o consumo não afetado e, junto, fundamentos de uma safra menor na África (72% da oferta mundial) e a safra brasileira ligeiramente abaixo da passada.
Dito isto, se o cacau se descolasse do macroeconômico, haveria condições de mudanças.
Mas, isto, a esta altura, não é o que se espera mais.
E as commodities agrícolas que mais sofrem são as mais próximas do consumo final humano, ou seja, aquelas que não são processadas para setores intermediários, como as destinadas no todo ou em parte para rações.
Daí que o cacau deverá andar junto com algodão, café, açúcar e trigo.
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