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Coinseed encerrará suas atividades após processo de procuradora-geral de Nova York

08 jun 2021, 10:19 - atualizado em 08 jun 2021, 10:19
A promotora-geral de Nova York alegou que a empresa havia fraudado seus investidores e não possuía licença para operar no estado (Imagem: Twitter/Coinseed)

Nesta terça-feira (8), o aplicativo de negociação de criptomoedas Coinseed anunciou que está encerrando suas atividades após um processo recente da promotora-geral de Nova York (NYAG) Letitia James.

Em fevereiro, James acusou a Coinseed e seus executivos de fraudarem investimentos em mais de US$ 1 milhão e violarem as leis americanas de registro.

Em maio, a NYAG enviou uma moção judicial para congelar a atividade de negociação da Coinseed e interromper todas as suas operações.

Por fim, nessa segunda-feira (7), NYAG garantiu uma ordem judicial para bloquear as atividades da Coinseed e apresentar um recebedor para garantir a proteção do dinheiro dos investidores no futuro.

Delgerdalai Davaasambuu, CEO da Coinseed e réu do caso, afirmou que é “tremendamente lamentável e frustrante fechar o negócio”. Ele afirma que não agiu de má-fé e que a Coinseed cometeu um “erro fatal” ao permanecer em Nova York até 2019.

Coinseed foi fundada em 2017 e arrecadou US$ 1 milhão por meio de uma oferta inicial de moeda (ICO) em 2018.

Segundo a NYAG, a Coinseed realizou uma oferta não registrada de valores mobiliários na forma de uma ICO ao emitir seu token CSD e nunca ter se registrado para negociar criptomoedas dentro ou a partir do estado de Nova York.

Davaasambuu afirmou que a Coinseed arrecadou o dinheiro para a ICO de investidores estrangeiros.

“Nossa ICO excluiu investidores americanos e, até agora, pagamos de volta mais que o dobro da quantia arrecadada na ICO aos investidores da oferta”, disse ele, acrescentando que não houve “nenhuma única” reclamação sobre sua ICO ou seu token por parte dos investidores.

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Mais de 170 denúncias

A NYAG afirma ter recebido mais de 170 denúncias de investidores que estavam preocupados em proteger seus ativos por conta da alegada conduta fraudulenta da Coinseed.

Michelle Gitlitz, líder global do departamento de blockchain e criptoativos da Crowell & Moring LLP, foi escolhida pelo tribunal como a recebedora com atribuições especiais para garantir a segurança dos investimentos já realizados na Coinseed.

A NYAG também acusou a Coinseed de operar como uma corretora (“broker-dealer”) não registrada de commodities.

Davaasambuu afirma que é “muito engraçado, pois nenhuma outra corretora de criptomoedas se tornou uma ‘broker-dealer’ registrada”. Ele afirma que a única diferença entre a Coinseed e outras corretoras é que “eles têm dinheiro suficiente para lutar no tribunal”.

“Não podemos gastar milhões de dólares em batalhas judiciais”, disse ele.

Em relação aos fundos dos usuários, serão “devolvidos em breve e estamos entrevistando escritórios de advocacia para contratar uma que lide com essa questão”, garantiu Davaasambuu.

Davaasambuu também criou um token gratuito chamado FLJ (“f***-s*, Letitia James”) por sua frustração. “Em breve, será listado em diversas plataformas DeFi e estará disponível para negociação”, disse ele.

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