Cogna vê mais racionalidade em preços de concorrentes; EAD para de cair
A Gogna Educação (COGN3), ex-Kroton, está vendo um ambiente concorrencial mais racional, mas isso ainda não permite estimar quando o movimento de aumento de provisões para perdas com inadimplência será revertido, disseram executivos da companhia nesta quarta-feira.
Em teleconferência com analistas do setor de educação, executivos da Cogna comentaram que nos últimos meses os preços de mensalidades da graduação se mostraram mais racionais e que os valores cobrados no ensino à distância “pararam de cair”, sinalizando que um piso de 150 reais possa ter sido alcançado no caso dos cursos totalmente online.
As ações da companhia exibiam queda de 0,6% às 12h47, enquanto o Ibovespa tinha baixa de 0,9%.
A Cogna divulgou mais cedo que teve lucro líquido de ajustado de 208,6 milhões de reais no terceiro trimestre, uma queda de 41,6% sobre o desempenho de um ano antes.
No ensino superior, a empresa elevou em 5,4% a provisão para perdas com inadimplência ante mesmo período de 2018, acumulando nos primeiros nove meses de 2019 expansão de 11% no indicador.
A despesa com marketing subiu 47% ano a ano no ensino superior. Já no ensino básico houve um salto de oito vezes.
Executivos da companhia afirmaram na teleconferência que a tendência de elevação das despesas com marketing não devem se repetir no quarto trimestre, mas não deram detalhes.
Segundo eles, no quarto trimestre a empresa não pretende ser agressiva em sua política de renegociação com inadimplentes, com o uso de concessão de descontos, por exemplo.
Sobre a unidade Vasta Educação, que vende soluções de ensino para colégios, o presidente da Cogna, Rodrigo Galindo, disse que a unidade pode até conseguir um crescimento maior que os 20% obtidos até novembro para o indicador valor anual de contratos (ACV) no ciclo de 2020, diante do lançamento de novos produtos e aperfeiçoamento das equipes de venda.