Cogna reverte lucro e fecha o segundo trimestre com prejuízo de R$ 140 milhões
A Cogna (COGN3) encerrou o segundo trimestre de 2020 com prejuízo ajustado de R$ 139,9 milhões, ante o lucro de R$ 266 milhões do mesmo período do ano passado, revela relatório publicado nesta quinta-feira (20).
A receita líquida foi de R$ 1,37 bilhão, redução de 21,3%, refletindo as pressões de receita no ensino superior, a maior evasão dos alunos do ensino infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental e a sazonalidade de receitas do PNLD.
Além disso, a queda do programa Fies no caso do ensino superior, cuja a receita apresentou recuo de 48%, também pesou no desempenho.
O Ebitda, que mede o resultado operacional, despencou 122,3% e encerrou o período com um prejuízo de R$ 139 milhões. A Cogna cita o prejuízo com a venda de itens ligados à aquisição da Somos e a maior provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) no ensino superior como explicação para o número negativo.
A geração de caixa positiva ficou em R$ 145 milhões, “em função da estabilização do prazo médio de recebimento, da redução do capex e do recebimento da última parcela do PNLD 2020”, afirmou.
A Cogna adotou medidas mais restritivas de rematrícula, evitando que débitos antigos fossem renovados, o que no curto prazo gerou aumento da evasão e das provisões para perdas, mas que “a base remanescente é mais saudável e permite resultados em patamares mais sustentáveis no longo prazo”, disse a empresa.
Ensino digital
A Cogna disse ainda que, como consequência da pandemia, aluno antes resistentes ao ensino digital agora prefere um curso híbrido equivalente, por isso aproveitará “para fazer a maior e mais impactante mudança no segmento de ensino superior já conduzida pela empresa”.
A base de alunos de ensino digital manteve o crescimento de 12%, “consolidando a mudança no patamar de crescimento da Kroton nesta modalidade”, disse.