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Cogna (COGN3): Mantenha distância da ação, diz Goldman Sachs

20 jul 2022, 20:06 - atualizado em 20 jul 2022, 20:10
Kroton Cogna
Além disso, o banco derrubou a indicação da subsidiária da Cogna, a Vasta (VSTA), de compra para neutra (Imagem: Kroton/Youtube)

O Goldman Sachs rebaixou a recomendação da Cogna (COGN3) de neutra para venda, com preço-alvo de R$ 2,20, potencial de queda de 5,17% ante o último fechamento.

Além disso, o banco derrubou a indicação da subsidiária da Cogna, a Vasta (VSTA), de compra para neutra.

De acordo com os analistas, a menor vantagem implícita da participação na Vasta, juntamente com potenciais impactos macroeconômicos em estimativas pós-secundárias e mais conservadora, pesaram para a mudança.

“Embora esperemos que os resultados do Vasta em 2022 sejam apoiados por um forte crescimento nas reservas de Annual Contract Value, ou Valor de Contrato Anual, e recuperação de margens, estamos mais cautelosos em relação ao ACV em 2023 e além, dado o crescimento de volume relativamente limitado em 2022, bem como o crescimento macroeconômico riscos (incluindo inflação mais alta)”, argumenta.

Eles dizem que a combinado as estimativas mais conservadoras com o sólido desempenho recente da ação da subsidiária da Cogna, que acumulam 30% no ano, “vemos um aumento limitado para nossa nova meta de preço de 12 meses de US$ 5,50/ação”.

“Depois de incorporar a meta de preço VSTA mais baixa em nosso modelo Cogna, bem como premissas mais conservadoras para o negócio pós-secundário da empresa, vemos desvantagens em nosso novo preço de 12 meses”, completa.

Economia pesa para Cogna

Os analista do Goldman dizem ainda que as expectativas de taxas de juros e inflação mais altas, bem como o PIB de médio prazo mais baixo no Brasil, devem afetar as empresas de educação.

Para o ciclo de 2022 a 2024, o Goldman reduziu o Ebitda, que mede o resultado operacional, em 7%, “excluindo VTRU, para o qual incorporamos a aquisição da Unicesumar”.

Alta da Selic vs Cogna

No primeiro trimestre, a elevação da Selic provocou um aumento de R$ 159 milhões em custo de dívidas. Mesmo assima empresa reverteu o prejuízo e lucrou R$ 65 milhões.

Em comentário, o BTG Pactual diz que o setor de educação, em si, enfrenta vários desafios este ano, como forte inflação de custos pressionando as margens, ambiente altamente competitivo (prejudicando o ticket médio), pico de juros em um setor alavancado financeiramente e renda disponível pressionada.