Cogna (COGN3): Bradesco inicia cobertura e vê papel caindo mais 36%
O Bradesco BBI reiniciou a cobertura das ações da Cogna (COGN3), com recomendação de venda e preço-alvo de R$ 2,10, potencial de queda de 36% ante o fechamento da última sexta (R$ 2,46).
Na sessão desta segunda-feira (7), o papel reagia, com queda de 4,42%, a R$ 2,39.
De acordo com a corretora, a Cogna terá menores fundamentos de crescimento de receita no principal negócio de ensino superior em relação aos seus pares — 3% da taxa média de crescimento anual (CAGR) contra 12% da Yduqs (YDUQ3) e 8% da Ânima (ANIM3).
Além disso, segundo o BBI, os resultados operacionais em 2022 serão fracos, com o Ebitda, que mede o resultado operacional, crescendo apenas 7% em base anual.
“Somos mais conservadores do que a orientação da empresa para 2024”, justificam os analistas Marcio Osako e Maria Clara Negrão.
Entre os riscos, os analistas citam ainda o estágio inicial dos negócios da plataforma e novas iniciativas digitais e o risco de execução relacionado ao crescimento de 70% do Ebitda em dois anos.
Recentemente, o Goldman Sachs cortou o preço-alvo da Cogna de R$ 3,2 para R$ 2,8, citando as taxas livres de risco do Brasil, que cresceram com a economia mais fraca.
Como será o quarto trimestre da Cogna?
Os analistas do BTG Pactual estimam mais um trimestre ruim para a Cogna, em detrimento da fraca dinâmica nos cursos presencias na Kroton.
Maiores despesas financeiras (impulsionadas pela alta nas taxas de juros) e maiores despesas de depreciação e amortização devem gerar um prejuízo líquido ajustado de R$ 41 milhões.