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Cogna: BTG reduz preço-alvo e recomendação, e diz que Vasta impede corte maior

21 ago 2020, 13:33 - atualizado em 21 ago 2020, 13:33
Estreia da Vasta, controlada pela Cogna, na Nasdaq em 31 de julho de 2020
Salvação: Vasta impede depreciação maior do valor da Cogna, segundo o BTG (Imagem: LinkedIn/ Cogna)

Depois do Credit Suisse, é a vez do BTG Pactual (BPAC11) puxar a orelha da Cogna (COGN3) pelo mau balanço do segundo trimestre, divulgado na noite de ontem. Samuel Alves e Yan Cesquim, que assinam o relatório, consideraram o desempenho “muito fraco” e “bem abaixo” de suas “já baixas expectativas”.

A dupla afirma que não é costume do BTG Pactual cortar recomendações, logo após a divulgação de demonstrações financeiras, mas observa que este “são tempos de exceção”. Assim, o preço-alvo para os próximos 12 meses foi rebaixado de R$ 10 para R$ 6,50, e a recomendação caiu de compra para neutra.

O valor é parecido com o preço-alvo de R$ 6, estabelecido pelo Credit Suisse, e é praticamente o mesmo com que os papéis fecharam o pregão de ontem (R$ 6,57). Diante das estimativas mais conservadoras que outros bancos já divulgavam para a Cogna, pode-se dizer que o BTG Pactual andava excessivamente otimista com a empresa. De qualquer modo, o relatório de hoje é bastante contundente.

Reforma urgente

“À luz do imenso desempenho operacional negativo que a companhia enfrenta, acreditamos que apenas uma grande reestruturação de processos geraria um possível upside [do preço-alvo]”, afirmam os analistas.

O banco adverte, ainda, que o corte do preço só não foi maior, graças à Vasta, cujo IPO foi realizado na Nasdaq recentemente. A companhia, que opera plataformas de ensino, é avaliada em R$ 8,8 bilhões, sendo que 75% de seu capital é detido pela Cogna.

“A queda [das ações] será limitada, à medida que o recente IPO da Vasta oferece um piso para a avaliação da Cogna”, afirma o banco.

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