Coca-Cola? Heineken? Veja as candidatas que podem levar o Grupo Petrópolis, segundo o Itaú
A notícia do pedido de recuperação judicial do Grupo Petrópolis, dono das marcas Itaipava, Crystal e Petra, ressuscitou uma antiga tese do mercado financeiro que previa a compra da cervejaria por outra companhia do setor de bebidas.
Em relatório publicado nesta terça-feira (28), o Itaú BBA não apenas sustenta a visão, como também diz que, neste momento, trabalha com a hipótese de três possíveis compradores: Coca-Cola, Heineken ou alguma cervejaria estrangeira que queira entrar no mercado nacional.
No documento, a corretora argumenta que a compra do Petrópolis por uma companhia internacional pode ser o caminho perfeito para entrar no mercado brasileiro, dada a capacidade de produção anual de 50 milhões de hectolitros do grupo.
Segundo o BBA, essa capacidade produtiva representa um ponto sólido para uma cervejaria estrangeira atingir uma participação de mercado lucrativa, ainda que a aquisição das fábricas e da infraestrutura seja parcial.
Para a Coca-Cola, a aquisição do grupo representaria uma forma alternativa para preencher a capacidade de distribuição ociosa, principalmente após o fim do contrato de distribuição com a Heineken, avalia o BBA.
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Além disso, a Coca-Cola anunciou no início de março o investimento em uma nova fábrica de cerveja, que vai aumentar em 15 vezes a capacidade de produção da cervejaria Therezópolis, adquirida em agosto de 2021.
Na avaliação do BBA, o investimento denota que a marca norte-americana está disposta a expandir a sua participação no mercado de bebidas alcoólicas.
Caso a Heineken decida fazer a aquisição, ela terá que lidar com as limitações impostas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão responsável por zelar pela livre concorrência do mercado.
Por conta disso, para esse cenário, o Itaú BBA trabalha com a possibilidade de uma aquisição parcial.
“A Heineken pode tentar adquirir algumas fábricas específicas para impulsionar seus planos de expansão no Brasil”, escreveu. “O Petrópolis tem oito fábricas e a Heineken pode comprar as que se encaixam em seu portfólio atual”, dizem.