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Cobasi quer voltar a ser líder em pets

13 jul 2022, 7:24 - atualizado em 13 jul 2022, 7:24
A ideia é elevar a participação das marcas próprias nas vendas, que hoje é baixa, de cerca de 4% (Imagem: Pixabay)

Na briga pela liderança do varejo de produtos para animais de estimação, a Cobasi redobrou a aposta em marcas próprias para retomar a dianteira, perdida em 2020 para a rival Petz (PETZ3).

Pioneira no segmento, a Cobasi fatura R$ 2,1 bilhões por ano e tem 5% de participação no mercado, ante 6% de sua principal rival.

Além de lançamentos de produtos, a empresa está colocando o pé no acelerador das inaugurações: serão mais 32 unidades até dezembro, que se somarão às 158 já em operação.

A aposta em marcas próprias começou em 2019, diz o presidente da Cobasi, Paulo Nassar, sócio da companhia ao lado dos irmãos Ricardo e João.

A empresa já atua com rótulos em higiene e alimentos.

Novas linhas devem vir ainda neste semestre, segundo o executivo – sempre com nomes próprios, que não repitam a bandeira da rede.

A ideia é elevar a participação das marcas próprias nas vendas, que hoje é baixa, de cerca de 4%.

Na contramão da concorrente Petz, em vez de produzir os itens diretamente, a Cobasi opta por terceirizar a fabricação.

A Petz comprou marcas como Zee.Dog (de acessórios para cães e gatos), a fabricante de tapetes higiênicos Petix e a Eleven Chimps, de alimentos para bichos de estimação.

Nassar diz, porém, que terceirizar evita “trazer o risco da indústria para o varejo”.

O empresário afirma que as marcas têm ajudado a varejista a ter maior controle sobre os preços nas lojas.

“Quando buscamos fabricantes para marcas próprias, pedimos um custo fixo, com contrato anual. Isso faz com que não haja majoração de preços”, explica.

Outra diferença em relação à rival é que a Cobasi não vê as fusões e aquisições como uma via de crescimento.

“Olhamos algumas redes regionais, mas nenhuma fez sentido”, diz o sócio da rede.

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A Cobasi tem crescido mais rápido após ter recebido, em 2021, investimento de R$ 300 milhões do fundo Kinea, do Itaú – a primeira injeção de dinheiro externo na companhia após 30 anos.

“Achamos por bem fazer uma rodada, que foi muito restritiva e selecionada, e conseguimos acelerar várias verticais de crescimento. E isso tem dado muito resultado”, diz.

Uma abertura de capital, como fez a Petz, está no radar da Cobasi.

“Pensando em sucessão e em perpetuar a empresa, é um excelente caminho”, diz o executivo, ressaltando que a empresa está pronta para ir à Bolsa no “momento certo”.

O empresário diz que o avanço da Petz motivou a Cobasi a ter mais pressa para crescer.

Hoje, as três maiores forças do mercado – a terceira colocada é a Petlove, que nasceu digital – somam menos de 15% do setor, que está pulverizado nas mãos de pequenos negócios familiares.

O faturamento anual do mercado pet brasileiro é de R$ 40 bilhões, segundo a consultoria Euromonitor.

“A Cobasi é a concorrente mais próxima da Petz, oferecendo uma experiência omnicanal semelhante, embora sua variedade seja ligeiramente diferente do oferecido pela Petz, devido ao seu foco maior em categorias de jardinagem, além de produtos para animais de estimação. Acreditamos que a Cobasi é top of mind (empresa mais lembrada) na categoria pet, tendo sido líder de mercado até 2020”, aponta relatório do Goldman Sachs.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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