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Cobasi vai abrir capital para realizar fusão com a Petz (PETZ3); veja como vai funcionar

16 ago 2024, 13:10 - atualizado em 16 ago 2024, 15:50
petz cobasi
Companhia resultante da combinação entre Petz e Cobasi irá operar sob novo ticker, ainda não anunciado (Imagens: Reprodução Petz/Cobasi)

A Petz (PETZ3) e a Cobasi tomaram os holofotes do mercado nesta sexta-feira (16), com o anúncio de um acordo para a combinação de seus negócios.

O acordo prevê incorporação de ações da Petz por uma subsidiária detida integralmente pela Cobasi, resultando no que apontam como a criação “do maior e mais integrado ecossistema pet do Brasil”.

Em teleconferência realizada após o anúncio, a CFO da Petz, Aline Penna, explicou que a Cobasi fará registro de companhia aberta e será listada no segmento Novo Mercado da B3 (B3SA3) .

A empresa resultante da fusão será listada na Bolsa sob um novo ticker, ainda não anunciado. Penna destacou que a expectativa é de continuar no Ibovespa (IBOV).

O CEO da Petz, Sergio Zimerman, esclareceu que o acordo é irretratável, e que não cabe desistência. Dessa maneira, está sujeito apenas ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, posteriormente, aos acionistas da Petz.

Zimerman destacou que sabe das especulações sobre danos à concorrência e aumento de preços dos produtos a partir da fusão das companhias, mas nega que esse movimento esteja nos planos.

“Que bobagem isso. A gente jamais se juntaria para aumentar preço”. Ele aponta que isso seria o fim das companhias e que erros com precificação daria força para a concorrência.

O que se sabe sobre combinação entre Petz e Cobasi

Com o acordo, as expectativas são de uma empresa com receita líquida de R$ 6,9 bilhões, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 464 milhões e mais de 20 marcas próprias abrangendo produtos de higiene, alimentação e lifestyle animal.

Com a operação, a Petz passará a ser uma subsidiária integral da Cobasi e seus acionistas terão 52,6% das ações de emissão da companhia combinada.

Os acionistas da Cobasi restarão titulares das demais ações da empresa resultante da fusão, representando 47,4% do seu capital social.

Dessa maneira, a relação de troca se dará da seguinte forma: para cada ação ordinária da Petz, os acionistas da empresa receberão 0,0090445 ação ordinária de emissão da Cobasi.

Ainda, os acionistas da Petz receberão uma parcela em dinheiro, no valor total de R$ 400 milhões, sendo:

  • R$ 130 milhões em dividendos a serem distribuídos pela Petz antes do fechamento da operação, sem que tal distribuição implique em ajuste na parcela em dinheiro ou na relação de troca;
  • R$ 270 milhões corrigidos pela taxa CDI, montante total esse pago na proporção à participação dos acionistas no capital social da Petz na data de fechamento, a ser paga em até 15 dias úteis, em parcela única, por meio do resgate das ações preferenciais da companhia combinada.

Vale destacar que a relação de troca e a parcela em dinheiro estão sujeitas a ajustes na ocorrência de determinados eventos.

Aprovada a fusão, será realizado um acordo de acionistas para regular o direito de voto nas assembleias, a indicação de membros para o conselho de administração e restrições à negociação de ações, também conhecidas como lock-up.

Conforme apresentado, a expectativa é de que a conclusão da transação ocorra em 2025, com início da captura de sinergias entre 2025 e 2026.

Ações da Petz chegam a disparar 28%

Em reação, as ações da Petz começaram o pregão desta sexta em disparada, chegando a saltar 26% na primeira hora de negociações. Por volta de 11h05, as ações subiam subia 28,70%, a R$ 4,44.

Na avaliação de analistas da Genial Investimentos, a notícia é positiva, tendo em vista que este era o fato relevante mais aguardado pelo mercado em relação à companhia.

“Este era o fato relevante mais aguardado pelo mercado. A nova companhia nasce com um faturamento líquido de R$ 6,9 bilhões, mais do que dobrando a receita apresentada pela Petz em 2023 (R$ 3,1 bilhões)”.

Na véspera, em relatórios de análise do balanço do segundo trimestre de 2024 da Petz, analistas ponderaram sobre a expectativa do mercado acerca de novidades sobre o processo de combinação das gigantes do setor pet.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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