Política

Coaf espera reaver ainda neste ano R$ 5,86 milhões para investimentos

01 jul 2021, 13:56 - atualizado em 01 jul 2021, 13:56
Jorge Luiz
Esses dados, analisados pelo Coaf, geram relatórios que subsidiam órgãos reguladores e de persecução penal (Imagem: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) espera reaver ainda neste ano R$ 5,86 milhões para a atualização do software para análise de dados e elaboração de relatórios de inteligência.

A dotação foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro na sanção com cortes do atual Orçamento (Lei 14.144/21).

O secretário-executivo do Coaf, Jorge Luiz Alves Caetano, afirmou nesta quinta-feira (1º) que o órgão remanejou verba internamente. “Damos conta do recado hoje sem problemas”, disse, em audiência pública na Câmara dos Deputados. “Mas a atualização do sistema dará mais rapidez aos trabalhos”, ressaltou.

O debate na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aconteceu a pedido do deputado José Nelto (Pode-GO), para analisar o impacto do veto para o Sistema de Controle de Atividades Financeiras (Siscoaf). Os deputados Lucas Vergílio (Solidariedade-GO) e Kim Kataguiri (DEM-SP) apoiaram o requerimento.

O Siscoaf recebe informações de pessoas e entidades obrigadas a adotar procedimentos especiais de prevenção e combate aos crimes de lavagem de dinheiro e de financiamento ao terrorismo.

Esses dados, analisados pelo Coaf, geram relatórios que subsidiam órgãos reguladores e de persecução penal.

O deputado Elias Vaz (PSB-GO), que presidiu os trabalhos, criticou o corte nos investimentos do Coaf. “Fico estarrecido com a negligência do governo, falam que combatem a corrupção, mas parece implicância”, comentou Vaz, citando investigação do órgão que envolveu familiares do presidente da República.

O Poder Executivo tem até 15 de outubro para enviar ao Congresso Nacional uma proposta de crédito adicional a fim de retomar investimentos no Coaf.

A Secretaria de Orçamento Federal (SOF) já encaminhou a sugestão para a Junta de Execução Orçamentária (JEO), órgão de assessoramento direto a Bolsonaro.