CLT ou PJ? O que é melhor e quais são as vantagens de ser empresa, explica Ozni Batista
Muitos trabalhadores brasileiros têm aderido à modalidade PJ (pessoa jurídica). A “pejotização” do trabalho é, definitivamente, o movimento de tendência no mercado de trabalho moderno. Mas vale a pena abrir mão dos direitos do trabalhador CLT para ter a própria empresa?
Por um lado, um PJ pode ganhar mais mensalmente, justamente, pelo fato de se tratar de um colaborador menos oneroso para o empresário. Mas, se for demitido, não tem seguro-desemprego. Como dá para perceber, há pesos e medidas que precisam ser analisadas antes da escolha.
No entanto, pela própria transformação do mercado, a modalidade de se tornar uma empresa que presta serviço para outras empresas vem se tornando a de praxe entre as maiores corporações do Brasil e do mundo.
“Trabalhar como PJ traz oportunidade. É possível trabalhar para mais de uma empresa e você mesmo é gestor da sua carreira, do seu horário de trabalho, do quando você está disposto a se envolver no lado profissional. Só que com isso tudo, a possibilidade de multiplicar a renda é real”, avalia Ozni Batista, especialista em desenvolvimento de carreiras.
Ele explica que trabalhar como PJ já é comum para muitos profissionais. E ao optar por essa modalidade, o profissional vira o seu próprio protagonista. O trabalhador tem liberdade e o resultado bom ou ruim só depende dele.
“No modelo CLT, você pode ser demitido sem causa, a pessoa não assume riscos e fica naquela de só olhar para o que faz. Ou seja, é tudo uma questão de planejamento”, avalia Batista
Para o empresário é preciso planejamento, principalmente, porque como pessoa jurídica não há direitos assegurados como existem os que têm carteira assinada nos trabalhos.
“Como celetista, um empregado chega a custar o dobro para uma empresa, o que faz o PJ já ter, naturalmente, ganhos maiores. Só que a pessoa jurídica precisa ampliar seus ganhos para bancar alimentação, saúde, transporte… Coisas que estão embutidas, geralmente, na outra modalidade. No entanto o cenário atual é propício para esse movimento”, reitera.
Em uma comparação básica, Ozni dá como exemplo um profissional que ganha R$ 2 mil na carteira de trabalho. Por ano são R$ 22 mil, além de benefícios que somam, em média, R$ 300. Entre promoções e descontos, por ano a média fica em um ganho líquido de R$ 30 mil (R$ 32 mil com FGTS).
Sendo PJ, o mesmo profissional tem potencial para ganhar R$ 3,5 mil por mês. Por ano, serão R$ 42 mil. Com rendimentos que podem ser feitos programadamente e já descontos feitos, a média anual vai para R$ 32 mil, mesmo sem FGTS.
Ou seja, mesmo sem os benefícios, o ganho é maior e ainda há a possibilidade de realizar um investimento programado e prestar serviço para outras empresas.
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