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Clima, protecionismo e gargalos: Os desafios da segurança alimentar no Brasil e no mundo

27 jun 2024, 14:40 - atualizado em 27 jun 2024, 14:40
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Palestrantes que falaram durante o Global Agribusiness Festival ressaltaram a necessidade de maior cooperação global e atenção para o clima (Imagem: Reuters/Wong Campion)

Durante o Global Agribusiness Festival (GAFFFF), no painel “Segurança Alimentar e Poder Global”, os palestrantes entraram em um consenso sobre a necessidade de uma maior cooperação global, além da necessidade para atenção com o clima e cadeias de mercado para resolver a insegurança alimentar no mundo.

Fernando Ferreira, Estrategista e Head de research da XP Inc, moderou a conversa e ressaltou que o mundo produz o dobro da necessidade global de alimentos, mas ainda vemos 10% da população mundial em insegurança alimentar

“Devemos tratar da insegurança alimentar. Precisamos ensinar uma visão sistêmica para as novas gerações, algo que acontece no Brasil, pela proximidade do país com a natureza. A insegurança alimentar regrediu, e isso mostra a nossa incapacidade de gerir essa questão no mundo. Não estamos próximos de atingir essa segurança, ainda que a produção elevada diga o contrário”, vê Parag Khanna, assessor de estratégia global na New America Foundation.

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O estrategista da New America Foundation ressalta a importância de olhar para o clima, e em especial, as mudanças climáticas. “Não sabemos qual pode ser o próximo choque no mercado, se pode ser o clima ou um conflito entre países. O Brasil trabalhar na sua autossuficiência”.

Eduardo Monteiro, vice-presidente e Country Manager na Mosaic, ressalta os avanços de produtividade e produção do Brasil, com uma expansão expressiva nos últimos 50 anos, apesar do país só usar 7% da sua terra total para agricultura.

Por outro lado, ele cita os desafios do agronegócio brasileiro, lembrando a dependência de importação de fertilizantes da Rússia, com 70% dos produtos usados vindos do país.

“Temos recursos para reduzir essa dependência, como é o caso do fosfato, que produzimos 35% das nossas necessidades locais. Precisamos investir em mineração, mas principalmente ter uma agenda estratégica no país”, diz Monteiro

Benno Van Der Laan, coordenador da Maizail, ressalta os impactos dos eventos climáticos na insegurança alimentar no mundo, mas salienta os obstáculos no comércio global.

“O que eu vejo, acompanhando a União Europeia de perto, é que há uma proteção local aos produtores. Os governos entenderam que é necessário proteger estes produtores da concorrência externa. Precisamos de maior colaboração entre os países.” diz.

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