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Clima mais seco dará impulso ao início de colheitas de milho e soja na Argentina

31 mar 2021, 16:16 - atualizado em 31 mar 2021, 16:16
Soja
A Argentina é a maior exportadora de óleo e farelo de soja do mundo, além de o terceira maior de milho (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

As condições mais secas previstas para a próxima semana em grande parte da Argentina vão favorecer o início das colheitas de milho e soja 2020/21 do país, depois que chuvas abundantes evitaram mais perdas de rendimentos na segunda quinzena de março, disseram especialistas climáticos nesta quarta-feira.

A Argentina é a maior exportadora de óleo e farelo de soja do mundo, além de o terceira maior de milho.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC) prevê uma safra de 44 milhões de toneladas da oleaginosa e 45 milhões de toneladas de milho –ante projeções iniciais de 46,5 milhões e 47 milhões de toneladas, respectivamente–, devido a uma seca que afetou o país desde a segunda metade de 2020.

Nos próximos sete dias, “a maior parte da área agrícola argentina e a maior parte da área agrícola uruguaia observarão precipitações escassas ou nulas (menos de 10 milímetros), com alguns focos com volumes moderados”, disse a BdeC em um relatório climático semanal.

A previsão é uma boa notícia para os agricultores argentinos que já começaram ou estão para começar as colheitas de soja e milho. As precipitações dificultam o movimento das colheitadeiras nos campos.

As chuvas da segunda quinzena de março chegaram tarde demais para melhorar a produtividade nas áreas que ainda atravessavam períodos de desenvolvimento, embora tenham evitado mais perdas.

“Desde meados de março não devem ter sido registradas mais perdas pela seca, até com alguma melhora em rendimentos de áreas tardias”, disse Isaac Hankes, analista da Refinitiv baseado nos Estados Unidos.

“A previsão indica um retorno às condições de seca, o que deverá ser oportuno para a colheita e está em linha com nossas previsões de longo prazo para abril-maio”, acrescentou Hankes.