Clima e dólar elevam preço da soja no Brasil, enquanto milho sobe com produtor retraído
As chuvas irregulares sobretudo em regiões do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil desaceleraram as atividades de semeadura da safra 2023/2024 da soja no Brasil.
Assim, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), este cenário e a valorização do dólar frente ao real elevaram os preços da oleaginosa na última semana, o que, consequentemente, limitou a baixa na média mensal de setembro.
No mercado externo, o avanço na colheita da safra 2023/2024 da soja nos Estados Unidos pressionou as cotações futuras em setembro.
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No entanto, a piora nas condições das lavouras daquele país e a firme demanda pelo grão norte-americano deram sustentação aos preços na última semana do mês, o que limitou a queda de 5% na média mensal do Cepea.
Milho
As cotações do milho voltaram a avançar no Brasil na semana passada. Em setembro, o indicador do Cepea saltou 7,34%.
Segundo informações do centro de estudos, o impulso veio da retração de muitos vendedores, que estão atentos à demanda internacional aquecida, aos avanços dos preços externos e à valorização do dólar.
Neste cenário, compradores domésticos voltaram a relatar dificuldades para negociar novos lotes.
As altas nos preços internacionais, por sua vez, se devem à valorização do trigo e à retração de vendedores dos Estados Unidos, que consideram baixos os atuais patamares de preços.
Dessa maneira, os vendedores norte-americanos também estão de olho no clima desfavorável em partes do Hemisfério Norte.