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Clima afeta lavouras de café no Espírito Santo, que pode ver quebra de até 25% na produção

16 dez 2023, 8:00 - atualizado em 16 dez 2023, 9:06
café conilon espírito santo
A Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do país, também tem enfrentado os problemas climáticos em áreas produtoras (Foto: Embrapa)

As altas temperaturas registradas, a precipitação abaixo da média e a consequente diminuição de reservas hídricas, são os fatores que causam maior alerta para áreas de café no Espírito Santo.

As condições atuais das lavouras da variedade conilon no norte e noroeste do estado do Espírito Santo, região de extrema relevância no cultivo da variedade, levam a uma possível diminuição de produtividade para 2024.

De acordo com o engenheiro-agrônomo Perseu Fernando Perdoná, que atua como consultor técnico na região, o próprio momento atual da cultura implica em maior sensibilidade às ondas de calor.

“É importante considerar que os cafeeiros estão em fase de expansão de fruto, o que torna os grãos em formação mais vulneráveis às altas temperaturas”, avalia.

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Aliado a isso, a limitação hídrica, o comprometimento do sistema radicular das plantas em razão da exposição solar e a incidência de algumas pragas nas áreas produtivas, causam um agravo à situação atual.

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Risco de quebra para o café

Embora ainda seja precoce mensurar índices para a quebra da produção, no momento é possível considerar perdas entre 15% e 25%, de acordo com o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello.

Contudo, é importante frisar que esses percentuais poderão sofrer variações, em face das particularidades de cada região e, até mesmo, em função de condições climáticas futuras, que ainda não podem ser antevistas, mas devem ser consideradas.

A Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do país, concentra grande parte de suas unidades nas regiões que estão enfrentando o clima atípico. O presidente da instituição afirma que ao estimar possibilidades de perdas, o propósito não é causar alarde.

“Neste momento é importante discutir sobre uma realidade que exige atenção, para que os cafeicultores possam avaliar quais as medidas de enfrentamento mais assertivas, a fim de mitigar os efeitos que essa situação de crise pode causar, especialmente com relação à safra 2024”, analisa.