Citros: rentabilidade em 21/22 deve continuar limitada, apesar de preços elevados
Apesar da alta nos preços para laranja nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, a rentabilidade dos produtores deve seguir limitada, já que a queda na produtividade elevou ainda mais os custos unitários de produção, afirma o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Segundo a entidade, a alta demanda pela indústria paulista também manteve os preços em alta.
Um levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), realizado neste mês, indica que a produção no cinturão citrícola deve cair 1,7% ante 2020/21, totalizando 264,14 milhões de caixas de 40,8 kg.
Além disso, as laranjas vêm apresentando baixo calibre, o que pode representar uma produção ainda menor na temporada de 2021/22.
Com a queda na oferta, as processadoras de suco aumentaram os valores ante a última temporada. A média dos preços no spot do levantamento parcial da safra, feito entre julho e 28 de dezembro, foi de R$ 27,50 por caixa de 40,8 quilos para as laranjas postas na fábrica – alta de 22,5% ante o mesmo período de 2020.
O Cepea ressalta, entretanto, que a maioria da produção do segmento já foi negociada via contratos em 2021/22, reduzindo a participação do spot.