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Citigroup planeja demissões em divisão de trading

30 jul 2019, 15:06 - atualizado em 30 jul 2019, 15:06
O banco com sede em Nova York planeja eliminar postos em suas operações de renda fixa e variável ao longo de 2019, segundo pessoas a par do assunto (Imagem: Mark Kauzlarich/Bloomberg)

O Citigroup se prepara para demitir centenas de pessoas em sua divisão de trading – mais uma prova de que a queda na receita no setor este ano pode ser mais permanente do os que tuítes e mudanças de políticas que preocupam clientes.

O banco com sede em Nova York planeja eliminar postos em suas operações de renda fixa e variável ao longo de 2019, segundo pessoas a par do assunto. A medida inclui pelo menos 100 postos na unidade de ações, o que responderia por quase 10% da força de trabalho da divisão, disseram as pessoas. Cerca de 80 demissões devem ocorrer nas operações do Citigroup em Londres, disse uma das pessoas.

Durante meses, enquanto os bancos globais observavam a queda da receita com trading, líderes do setor diziam que os clientes estavam temporariamente à “margem” diante das medidas imprevisíveis do presidente Donald Trump nas negociações comerciais e da mudança de postura do Federal Reserve em relação às taxas de juros. No entanto, um número crescente de bancos agora começa a fazer demissões, um sinal de que os executivos estão preocupados com desafios mais permanentes.

“Esta não será a última história de cortes de empregos em trading”, disse Jeff Harte, analista da Sandler O’Neill, em entrevista por telefone. “O resto de Wall Street está pensando da mesma maneira.”

Vários fatores pesam sobre as mesas de trading, além das oscilações do mercado este ano. Os hedge funds, normalmente os clientes mais ativos dos bancos, sofrem com os resgastes, ao mesmo tempo em que tentam superar fundos de custos mais baixos. Novas regras limitam a capacidade e disposição de credores de fazer apostas com seu próprio dinheiro. E avanços tecnológicos diminuem os spreads em muitas áreas do mercado.

“É um cenário cíclico difícil após a ampla queda de receita no primeiro semestre, e os desafios estruturais dos clientes permanecem”, disse Alison Williams, analista da Bloomberg Intelligence. “Por isso, poderíamos ver mais demissões nos bancos”.

Um representante do Citigroup não quis dar entrevista.

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