Citi: Volatilidade irá crescer, mas Previdência deve ser aprovada
A pesquisa publicada hoje no Estadão que mostra uma maioria de deputados contrários à aprovação da reforma da Previdência não deve significar que uma derrota é iminente, avalia o Citi em um relatório publicado nesta quinta-feira (6) e assinado por Julio R. Zamora.
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“Os números não são bons, mas não vemos eles como um sinal definitivo de que a reforma da previdência não passará”, diz. O placar mostra que mais de 60% dos 254 deputados que disseram ser contrários à proposta.
Segundo Zamora, o “não” de parte da base aliada pode ser explicado por uma estratégia para manter o poder de barganha dos congressistas. Isso, talvez, já parece começar a surtir efeito sobre as decisões do governo.
Em reunião nesta manhã com ministros, Temer fez uma pausa para dizer que autoriza o relator a fazer acordos necessários em assuntos como trabalhador rural, a questão dos deficientes e os benefícios de Prestação Continuada.
“Eu acabei de autorizar o relator a fazer acordos necessários nesses tópicos, desde que se mantenha a idade mínima, como em vários países”, disse. Além disso, o Estado não conseguiu contato com 77 deputados. Outros 54 não quiserem responder e 35 se declararam indecisos.
Ações
O Citi acredita que a disciplina partidária prevalecerá, os congressistas negociarão os principais termos da proposta e, em última instância, a apoiarão.
“Esperamos que a volatilidade se eleve enquanto o cenário em que a reforma da previdência é aprovada é questionado. Continuamos esperando que a reforma passará e permanecemos com recomendação overweight para consumo discricionário e materiais básicos no Brasil”, ressalta o banco.