Citi vê “sérios ganhos” para o Banco do Brasil
O Citi iniciou a cobertura das ações do Banco do Brasil com a recomendação de compra e a expectativa de “sérios ganhos” como resultado do choque de gestão implementado pelo novo CEO do banco, Paulo Caffareli.
Receba o Giro Money Times grátis em seu email
“Caffarelli parece determinado em puxar ROE para o nível de seus pares privados, algo que o mercado poderia ter considerado no passado recente como improvável para este banco controlado pelo governo”, explica o analista Jorg Friedemann.
Segundo ele, o BB não irá mais precisar de uma capitalização no ano que vem, o que poderia diluir os atuais acionistas no capital da companhia. “O banco encolheu seus empréstimos em 6% nos últimos 12 meses, em linha com a contração de 7% do setor privado”, explica.
Acima do consenso
O Citi também revela estar mais otimista e estima lucros de 10% e 13% acima do consenso para 2017 e 2018. “Acreditamos que o consenso subestima o potencial de alavancagem operacional na reestruturação de custos anunciada na semana passada”, diz.
Além disso, Friedemann entende que ao considerar o valor das empresas do BB listadas Cielo e BB Seguridade como estando no preço das ações, o negócio de empréstimos do banco negocia a um baixo múltiplo de 3,1 vezes o lucro por ação estimado para 2017.
“Isto é inapropriado em nossa opinião, mesmo considerando o grande e menos rentável segmento agro do BB. Nosso preço alvo de R$ 34,00 considera 16,1% de custo de capital e 16,5% de ROE sustentável”, afirma.
O Citi reassalta, entretanto, que o investimento no BB continua a ser mais arriscado do que Bradesco e Itaú. Além disso, o fundo de pensão Previ e o plano de assistência médica Cassi dos funcionários também são riscos a serem considerados.
Leia mais sobre recomendações de ações!