Agronegócio

Citi revisa estimativas para BRF, JBS, Marfrig e Minerva

27 set 2017, 15:32 - atualizado em 05 nov 2017, 13:54

Gado

O Citi cortou os preços-alvos para as ações da JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) após a equipe de análise incorporar novas projeções para a taxa de câmbio. Ao lado disso, o banco elevou a estimativa para a BRF (BRFS3) por conta da alta exposição ao Brasil, que se beneficia de um PIB crescendo mais e de projeções de menor risco país.

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O cálculo para o dólar em relação ao real para o segundo semestre ficou em R$ 3,13 e, para 2018, R$ 3,22. Os números trazem a moeda brasileira 4% mais forte para o período. “Assim, a receita em dólar com exportação e a transformação para o real do fluxo de caixa de ativos nos EUA são menores em termos de moedas locais”, destaca o analista Alexander Robarts.

O resultado é que para JBS, Marfrig e Minerva, cuja exposição cambial é 80% do Ebitda, este cenário que compensa o efeito positivo da premissa de um menor custo de capital e da estimativa de maiores gastos com consumo no próximo ano (de 2,6% para 3,4%).

O preço-alvo para a JBS foi cortado de R$ 12,50 para R$ 11,50. O Minerva teve o preço-alvo ajustado de R$ 16 para R$ 15. Para a Marfrig, a estimativa caiu de R$ 6,80 para R$ 6,75.

“No geral, estas três companhias com operações de bovinos devem ter um ligeiro vento contrário em suas operações de exportação a partir do Brasil. Elas também estão expostas à recuperação do ciclo de gado no Brasil, enquanto a JBS está se beneficiando de ciclos positivos de aves e bovinos nos EUA”, afirma Robarts.

BRF

A BRF, por sua vez, viu o seu preço-alvo ser elevado de R$ 42 para R$ 45,50.

“Com mais de 50% do Ebitda de 2018 derivado do Brasil, a BRF está preparada para se beneficiar mais do que a JBS, a Marfrig e a Minerva do crescimento mais rápido de gastos de consumo privado e isso quase totalmente compensa o impacto negativo do câmbio nas exportações”, avalia o Citi.

Ainda assim, o banco projeta uma menor margem de exportação para o segundo semestre com uma recuperação mais lenta, o que leva a um corte de 9% no Ebitda do grupo em 2017. “No geral, acreditamos que a recuperação da margem e o crescimento dos lucros em função de preços mais baixos do milho no Brasil, bem como um melhor consumo interno, já estão no preço”, conclui o relatório.

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