Banco do Brasil

Citi reitera aposta em Banco do Brasil e posição de Top Pick na América Latina

31 mar 2017, 15:19 - atualizado em 05 nov 2017, 14:06

O Citi reiterou a sua aposta nas ações do Banco do Brasil e a recomendação como Top Pick na América Latina, mostra um relatório assinado por Jorg Friedemann e publicado após uma viagem de três dias com Bernardo Rothe e Rodrigo Afonso, chefe de RI e gerente executivo do BB, respectivamente, visitando investidores nos EUA.

Veja outras recomendações de ações

“Após esta semana com a administração, reiteramos BBAS3 como nossa top pick na América Latina e vemos risco de upside para os lucros, particularmente em 2018, quando o crescimento dos empréstimos deve aparecer”, afirma. O preço-alvo projetado é de R$ 39.

Friedemann explica que a administração está alinhada com a sua visão de que apesar da queda dos juros, não há significativos impactos da posição do BB no Previ sobre o CET1 (capital mínimo de alta qualidade) no curto prazo, dada a atual apreciação da posição em ações. Os investidores, segundo o analista, chegaram à mesma conclusão.

Carteira de crédito

Apesar de um início de ano ainda lento na concessão de empréstimos, o BB projeta um desempenho positivo no segundo semestre nas áreas de pessoa física e empréstimos rurais.

“O banco também reforçou seu compromisso com o crescimento em pequenas e médias empresas para o médio e longo prazos. O BB vê está estratégia como positiva em termos de risco retorno”, explica o analista.

Juros e inadimplência

Friedemann ressalta que o BB espera um ano difícil para crescimento de renda líquida com juros. “Este crescimento modesto deve ser primariamente afetado pela compressão do saldo médio do banco, que é mitigada pela positiva recolocação de preço sobre os empréstimos originados antes de 2015, aproximadamente 50% do portfólio total e pela elevação na penetração de clientes”, avalia.

Já a inadimplência continua a piorar, afirma o analista, e pode continuar a crescer no primeiro trimestre por “casos específicos” que atingiriam o nível de 90 dias de atrasos. “Entretanto, estes empréstimos não devem demandar provisões adicionais. Assim, o banco continua confiante com seu guidance para provisões e espera uma melhora sequencial das provisões do primeiro trimestre para o quarto trimestre”, afirma.