Mercados

Citi rebaixa Caixa Seguridade (CXSE3) para neutra com baixo potencial de valorização da ações

25 mar 2025, 16:18 - atualizado em 25 mar 2025, 17:27
Caixa Seguridade
Banco rebaixou a recomendação de Caixa Seguridade para neutra e cortou o preço-alvo por falta de gatilhos; Citi atualizou o setor de seguros (Imagem: Divulgação/B3)

Na reta final da temporada de balanços, o Citi atualizou as estimativas para o setor de seguros e rebaixou a recomendação para as ações da Caixa Seguridade (CXSE3), de compra para neutro.

O banco também reduziu o preço-alvo para R$ 15,50 — o que representa um potencial de valorização de 3,4% sobre o preço de fechamento anterior.

Na visão dos analistas do Citi, não há gatilhos de alta suficientes para justificar a manutenção de uma classificação de compra para as ações CXSE3, dado o atual valuation da empresa.

Apesar do rebaixamento, o banco aumentou ligeiramente as expectativas de lucro líquido da empresa de seguros da Caixa Econômica Federal de 2025 em 2%, para R$ 4,4 bilhões, em linha com o consenso atual do mercado. 

“Negociando a uma relação de preço e lucro (P/L) de 10,3 vezes em 2025 (em linha com o nível histórico), acreditamos que a ação merece um prêmio em comparação com a BB Seguridade (BBSE3) devido à menor volatilidade dos lucros e à ausência de preocupações sobre a renovação do contrato de distribuição”, escreveram os analistas em relatório. 

Em reação, as ações da Caixa Seguridade fecharam em queda no Ibovespa (IBOV). CXSE3 caiu 1,33%, a R$ 14,79. Acompanhe o Tempo Real.



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É hora de investir no setor de seguros? 

Para o Citi, o crescimento do prêmio do setor de seguros é limitado e, por isso, o banco também atualizou as estimativas para as demais companhias brasileiras além da Caixa Seguridade. 

“Apesar dos múltiplos permanecerem abaixo dos níveis históricos e os rendimentos de dividendos ainda serem atraentes, estamos rebaixando o setor, pois acreditamos que taxas mais altas estão precificadas e o crescimento dos prêmios é limitado”, afirma o banco. 

BB Seguridade (BBSE3)

O Citi reiterou a recomendação neutra para BB Seguridade (BBSE3) e elevou o preço-alvo para R$ 41 — o que representa um potencial de valorização de 3,4% sobre o preço de fechamento anterior.

“Com as expectativas de taxa Selic mais altas, vemos a BBSE3 como a ação mais bem posicionada para se beneficiar no nível de lucro líquido”, escrevem os analistas em relatório. 

Mas, nas contas do Citi, há um espaço limitado para a valorização das ações, após o papel superar os pares e o Ibovespa no ano passado. 

O banco espera um lucro líquido de R$ 9,0 bilhões este ano, 2% acima do consenso.

Já o lucro operacional (excluindo holding) continua a ficar para trás, e a expectativa dos analistas é que o crescimento em 2025 “se alinhe à inflação”. 

Porto (PSSA3)

O Citi também manteve a classificação de compra para as ações da Porto (PSSA3), antiga Porto Seguro. O preço-alvo foi aumentado para R$ 50 — o que representa um potencial de valorização de 20,9% sobre o preço de fechamento da última segunda-feira (24). 

Para o banco, as ações estão descontadas. O papel é negociado a uma relação de preço por lucro (P/L) de 2025 em 8,1 vezes, abaixo do nível histórico de 10,4 vezes P/L. 

“Entre as seguradoras, a Porto se destaca com o maior aumento do lucro operacional (ex-resultados financeiros), impulsionado pelos esforços bem-sucedidos de diversificação e crescimento contínuo”, diz o relatório. 

O Citi projeta um lucro líquido de R$ 3,3 bilhões em 2025, um crescimento de 24% na comparação anual e 5% acima do consenso. 

IRB (Re) (IRBR3)

A recomendação de compra para o IRB (Re) (IRBR3) foi reiterada pelo Citi. O banco, porém, elevou o preço-alvo para R$ 63 — uma potencial alta de 20,8% sobre o preço de fechamento da véspera (24).

“Mantemos nossa visão positiva com o IRB, pois acreditamos que gradualmente a ação recuperará seu status de alta pagadora de dividendos.”

Após os resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24), os analistas reduziram as expectativas de expansão de prêmios. Mas os sinistros menores e a taxa Selic mais alta devem compensar a maior parte, segundo eles. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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