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Citi e UBS dizem que lucros nos EUA estão melhores do que temido

25 jul 2022, 19:00 - atualizado em 25 jul 2022, 19:00
Um segundo trimestre melhor do que o que se temia também pode compensar algumas das revisões negativas para o segundo semestre do ano, disse o Citi (Imagem: REUTERS/Reinhard Krause)

A temporada de balanços nos EUA se mostrou melhor do que o esperado até agora, com gastos do consumidor fortes e ações que já precificaram muitas das más notícias, segundo estrategistas do Citigroup e da UBS Global Wealth Management.

Das empresas americanas que divulgaram resultados até agora, 60% superaram as estimativas de receita, enquanto 75% superaram as expectativas de lucro, disse Mark Haefele, diretor de investimentos da UBS GWM, em nota. “No geral, o crescimento dos lucros está desacelerando, mas não afundando”, disse ele.

O otimismo de que os lucros corporativos podem resistir a uma combinação de inflação alta, bancos centrais agressivos e uma possível recessão alimentou uma alta nas ações em julho, colocando o S&P 500 a caminho de seu maior ganho mensal desde outubro.

Embora as estimativas das empresas tenham começado a refletir a pressão dos altos custos, os estrategistas da UBS GWM dizem que os gastos do consumidor ainda estão se mantendo, principalmente nos setores relacionados a viagens.

“Companhias aéreas, hotéis e empresas de cartão de crédito indicam que a demanda por lazer é forte e os gastos das empresas estão aumentando”, escreveu Haefele.

Embora apenas cerca de um quarto das empresas do S&P 500 tenham divulgado resultados até agora, estrategistas do Citigroup liderados por Scott T. Chronert, disseram que as instituições financeiras dominaram a primeira leva de balanços, com receitas gerais superando as estimativas em 1,6% e os lucros surpreendendo positivamente em cerca de 5% acima do esperado.

Um segundo trimestre melhor do que o que se temia também pode compensar algumas das revisões negativas para o segundo semestre do ano, disse o Citi.

O banco tem uma visão contrária sobre os lucros corporativos para o ano, esperando que eles se mostrem resistentes a uma possível recessão nos EUA, bem como ao impacto de um dólar mais forte.

Além disso, Chronert disse que os indicadores táticos após a liquidação deste ano configuraram o S&P 500 para um salto devido a lucros “menos ruins do que o temido” ou a apostas de que os aumentos de juros pelo Federal Reserve estão amplamente precificados.

“O tema da ‘resiliência de lucros’, que suporta nossa previsão de alta do índice S&P 500 no segundo semestre, parece intacto”, escreveu Chronert em nota.

Mislav Matejka do JPMorgan também disse que as perspectivas para as ações estava melhorando. O estrategista do Goldman Sachs David J. Kostin, por outro lado, espera que as receitas das empresas fiquem sob pressão de um dólar mais forte, enquanto os estrategistas do Bank of America disseram que o sentimento corporativo durante as teleconferências de resultados estava em território de recessão, apontando para uma queda ainda maior nos resultados.

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