Cisão de participação do Itaú na XP deve render mais dinheiro aos acionistas do banco
Neste mês, o Itaú deu início ao processo de reorganização societária de sua fatia na XP, ao anunciar cisão de seu investimento na plataforma de investimentos, que será segregado em uma empresa recém-formada, denominada NewCo.
Para a Ágora Investimentos, tal movimento é positivo para os acionistas banco, “com a expectativa de mais dinheiro sendo devolvido a eles”, segundo a casa de análises
As ações em circulação da XP detidas pelo Itaú Unibanco (ITUB4), representativas de 5% do capital social da XP, podem ser vendidas, conforme previamente informado, dependendo das condições de mercado.
“Espera-se que essa mudança seja concluída em alguns meses, abrindo caminho para que o Itaú possa exercer sua opção de comprar mais 12% de participação na XP até 2022”, explicam os analistas Victor Schabbel e José Cataldo.
Dada a venda de 5% que está em andamento, a dupla espera que o banco também venda sua posição de 12% quando chegar a hora.
Para a XP Inc. (XP), o próximo desinvestimento de 5% e o potencial de 12% devem criar um fluxo de vendas importante nas ações nos próximos 12 a 18 meses.
Mais cedo, o Itaúsa (ITSA4), controlador do maior banco privado do Brasil, afirmou ver de maneira positiva o interesse da XP Inc. pela nova empresa fruto da cisão do Itaú na companhia fundada por Guilherme Benchimol, cuja participação chega a 41,05% do capital da XP.
A holding passaria a deter também participação direta na NewCo.
O Itaúsa reafirmou seu interesse em manter participação relevante na NewCo no curto prazo, atuando alinhada com a mesma. Mas diante de sua estratégia de diversificação de portfólio de companhias fora do setor financeiro, a holding não deve manter a participação no longo prazo.