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Cingapura lança plano ambicioso em inteligência artificial e quer liderança até 2030

13 nov 2019, 7:13 - atualizado em 13 nov 2019, 7:13
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Nosso objetivo é ser líder no desenvolvimento e implantação de soluções de inteligência artificial até 2030, afirmou vice-premiê de Cingapura (Imagem: Ore Huiying/Bloomberg)

Cingapura lançou uma estratégia ambiciosa para se tornar líder global em inteligência artificial até 2030, na tentativa de criar um nicho em uma tecnologia cada vez mais politizada.

O vice-primeiro ministro Heng Swee Keat destacou cinco áreas-chave que o país insular tem como alvo para aplicações de inteligência artificial, que incluem planejamento de transporte e logística, prestação de serviços municipais, detecção e gerenciamento de doenças crônicas, educação personalizada e controle de fronteiras.

O país planeja automatizar totalmente os controles de imigração para quem viaja até 2025, com a implementação de impressões digitais, digitalização facial e da íris até 2025.

“Cingapura está pronta para implantar inteligência artificial em escala nacional”, disse Heng, que também acumula o cargo de ministro das Finanças, em discurso no Festival de Fintech de Cingapura, que acontece todos os anos. “Nosso objetivo é ser líder no desenvolvimento e implantação de soluções de inteligência artificial até 2030.”

Heng disse que o primeiro passo em assistência médica é implantar o SELENA+, um sistema de inteligência artificial capaz de detectar três importantes doenças oculares, como as diabéticas, a partir de fotografias da retina. “Essas soluções podem ser aplicadas além de Cingapura, na região e no mundo”, disse.

Sistema de inteligência artificial capaz de detectar três importantes doenças oculares, como as diabéticas, a partir de fotografias da retina (Imagem: SeongJoon Cho/Bloomberg)

China e Estados Unidos são duas superpotências de inteligência artificial que dominam as pesquisas sobre o assunto, mas as tensões comerciais entre os dois países atrasam a colaboração internacional que sustenta a inovação tecnológica.

O domínio dos dois gigantes em inteligência artificial também levanta questões sobre como países menores, como Cingapura, podem influenciar e participar de tecnologias emergentes.

A abordagem de Cingapura é direcionar aplicativos específicos de inteligência artificial para o desenvolvimento e implantação em escala em setores específicos.

O país está investindo 500 milhões de dólares cingapurianos (US$ 368 milhões) em pesquisa de inteligência artificial até 2020 e atraiu empresas americanas e chinesas com políticas que apoiam a pesquisa sobre o tema.

Tang Xiao’ou, cofundador da chinesa SenseTime Group, disse em comunicado que a estratégia nacional de inteligência artificial de Cingapura ajudará a “estabelecer nossa base de Cingapura como um laboratório vivo” para testes.

“O Vale do Silício e Pequim foram líderes globais em pesquisa de inteligência artificial e no desenvolvimento de startups de IA”, disse Andrew Ng, fundador e CEO da Landing AI. “Cingapura tem todas as peças necessárias para se tornar um centro regional de IA.”