Cinco assuntos quentes para o Brasil nesta semana
Indicador de atividade do Banco Central e dados de varejo e serviços mostram pulso da economia na próxima semana, enquanto Câmara tenta concluir votação da PEC destinada a ampliar gastos sociais em ano eleitoral.
Inflação nos EUA e falas de dirigentes dos bancos centrais balizam expectativas sobre os juros. PIB da China e balanços de bancos também podem gerar volatilidade. Veja destaques:
IBC-Br e varejo
Após o IPCA abaixo do previsto nesta sexta-feira, a próxima semana será dominada por dados de atividade. O BC divulgará o resultado de maio do IBC-Br, tido como proxy mensal do PIB, na próxima quinta-feira.
O dado de abril, divulgado esta semana após o encerramento da greve do BC, mostrou queda inesperada no comparativo mensal, na contramão de outros números, que vinham encorajando o mercado a elevar as projeções para o crescimento no ano.
Um dia antes do IBC-Br, sai o dado de maio das vendas no varejo, que mostraram alta mensal de 0,9% em abril. No dia 12, será conhecido o indicador de serviços.
O BC também retomará divulgação regular às segundas-feiras da pesquisa Focus, que reduziu nesta sexta o IPCA de 2022 para 7,96%, mas elevou a projeção de 2023 para 5,01% – acima do teto da meta.
Swaps cambiais
O BC ainda não anunciou o início da próxima rolagem de swaps cambiais. A rolagem anterior se encerrou na última terça-feira, dia 5 de julho.
Os leilões haviam começado em 3 de junho, apenas um dia depois de o BC encerrar a renovação anterior, dos contratos com vencimento em julho.
O dólar ganhou força a partir de junho contra o real, que acumulava até esta sexta-feira perda mensal de mais de 7% em meio à volatilidade externa e receios de deterioração fiscal com o aumento dos gastos antes da eleição de outubro no Brasil. A moeda americana, porém, devolveu parte dos ganhos depois de superar os R$ 5,40 e atrair vendas.
CPI-EUA e PIB-China
Payroll mais forte que o previsto em junho amplia expectativas para os dados de inflação nos EUA na próxima semana. CPI sai na quarta-feira, com expectativa de aceleração, e o PPI no dia seguinte.
Perspectivas sobre juros globais ainda devem ser influenciadas por falas de dirigentes como Christopher Waller e Raphael Bostic, do Fed, Andrew Bailey, do BoE, e Haruhiko Kuroda, do BoJ.
Preços das commodities podem ser afetadas pelo PIB da China, que sai no dia 14 e deve mostrar desaceleração do crescimento no 2º trimestre.
Bolsas americanas devem reagir ainda a balanços de bancos como JPMorgan, Morgan Stanley, Citigroup e Wells Fargo. Mercado de petróleo monitora visita do presidente dos EUA, Joe Biden, ao Oriente Médio.
PEC na Câmara
Com quórum baixo e a fase de discussão já encerrada, presidente da Câmara, Arthur Lira, resolveu adiar a votação da PEC para a terça-feira, dia 12. Votação adiada, no entanto, torna mais difícil pagar o adicional do Auxílio Brasil ainda em julho, como queria o governo, diz o G1.
O texto foi aprovado pela comissão especial com votação expressiva e sem alterações, mantendo o impacto fiscal de R$ 41,3 bilhões. Ainda assim, o adiamento foi decidido quando havia 427 deputados presentes, sendo que são necessários 308 votos para aprovar uma emenda constitucional.
“Não vou arriscar”, disse Lira antes de encerrar a votação, segundo o site da casa. O temor da base governista era a tentativa da oposição de retirar o “estado de emergência” da proposta, diz o Globo.
Itaú e opções
O Itaú Unibanco vai apresentar sua nova unidade de negócios no dia 14 de julho.
O banco explica no convite que a nova área será responsável “pelo processo de transformação de ativos em representações digitais”. No mesmo dia, a Camil informa os resultados equivalentes ao seu 1º trimestre de 2022.
B3 realiza o vencimento de opções sobre Ibovespa em 13 de julho e o vencimento de opções sobre ações no dia 15.
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