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Cielo tem forte queda com possível mudança de regra de recebíveis de cartões

06 set 2018, 12:53 - atualizado em 06 set 2018, 12:53

Por Investing.com – A decisão do Banco Central de abrir consulta pública para a flexibilização na cessão de recebíveis de cartão de crédito para pequenos e médios estabelecimentos afeta o desempenho das empresas do setor.

As ações da Cielo (CIEL3) caem 4,42% a R$ 14,06 na bolsa paulista, enquanto em Nova York, os papéis da PagSeguro recuam 1,52% a US$ 26,33. No caso do Itaú (ITUB4), dono da marca Rede, os ativos estão perto da estabilidade, avançando 0,17% a R$ 41,62.

O Credit Suisse avalia que o impacto dessa medida deve ser mais sentido pela Cielo, uma vez que está mais exposta às pequenas e médias empresas, com as receitas de pré-pagamento representando 26,7% do lucro em 2018. Apesar disso, em um cenário em que não tivesse mais pré-pagamento, a Cielo ainda poderia compensar por ter de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões de capital disponível.

O banco suíço destaca ainda a possibilidade da medida passar a permitir o pré-pagamento a todos os varejistas, mesmo que a uma taxa mais baixa que atual. No caso da PagSeguro, o CreditSuisse estima que a companhia seria menos afeta por estar mais exposta aos microempreendedores.

Pela proposta, credenciadoras de cartões, empresas como Cielo, Rede e GetNet, devem registrar em entidade que será autorizada pelo BC, as operações de cartões para que o lojista possa usá-las livremente.

“Dessa forma, o estabelecimento comercial poderá utilizar essas operações como garantia de operações de crédito, bem como ceder para entes fora do sistema financeiro, como FIDCs ou para os próprios fornecedores”, afirma o BC no comunicado.

As registradoras também serão responsáveis por constituir gravames e ônus dos recebíveis, para garantir a autenticidade e a vinculação a somente uma operação. Será feito ainda o direcionamento dos recursos dos recebíveis para as instituições que os usaram como garantia para dar crédito.

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