Cielo se saiu melhor que o esperado, mas ação está longe de ser boa

Reverter prejuízo em lucro no intervalo de um ano, especialmente acima do consenso do mercado, não é uma façanha comum, mas trata-se justamente do caminho feito pela Cielo (CIEL3) no segundo trimestre deste ano, ao reportar lucro líquido de R$ 221,5 milhões, ante prejuízo de R$ 58,9 milhões um ano antes.

No resultado atribuível à Cielo, o saldo de R$ 180 milhões foi 33% maior na comparação trimestral e acima da estimativa do consenso de R$ 165,3 milhões da VisibleAlpha.

“Os volumes foram destaque positivo no trimestre, com saldo de R$ 165 bilhões, uma expansão de 29,1% na comparação anual e 3,3% na comparação trimestral, impulsionado principalmente pela retomada da atividade econômica e com um mix mais favorável voltado para os segmentos de varejo e empreendedores”, destacam os analistas da XP Investimentos.

Outro relatório também obtido pelo Money Times, desta vez do Credit Suisse, também destacou o aumento de volume transacionado (TPV, na sigla em inglês), mas relembra que ação da Cielo já não está mais no auge:

“O papel tem performado mal nas últimas semanas, logo esperamos que os resultados sólidos tragam algum sossego para a Cielo, principalmente dado o valuation bastante descontado de 13 vezes Price-to-Earnings (Índice Preço/Lucro, usado para medir quão baratos ou caros os preços das ações estão em um período de tempo)”, comentam os especialistas do banco suíço.

Ladeira abaixo

Na mesma pegada, a Genial Investimentos frisa que, apesar do bom desempenho versus expectativas, o resultado continua aquém do passado e abaixo das novas entrantes.

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“Mesmo diante da melhora, outras controladas pela Cielo — incluindo MerchantE — continuam dando prejuízo, na casa de R$29 milhões no trimestre passado”, pontuam os analistas Eduardo Nishio e Bruno Bandiera.

Sem se surpreender com os prejuízos das demais subsidiárias da Cielo no período, a Ágora Investimentos avalia que o mercado deve reagir positivamente.

A análise amparada, sobretudo, no desempenho pífio da ação da Cielo no acumulado do ano (-13%), frente à performance do Ibovespa (+3%) .

Veja a seguir as recomendações para a ação da Cielo (CIEL3):