Cielo: pior do que está não fica, diz analista após saída de CEO
A renúncia do CEO da Cielo (CIEL3), Paulo Caffarelli, escancarou o momento delicado que vive a operadora de maquininhas.
O executivo estava há quase três anos à frente da companhia, que vem passando por dificuldades com o aumento da competição e os impactos da pandemia. Durante sua gestão, a Cielo perdeu metade do seu valor de mercado.
De acordo com a Genial Investimentos, Caffarelli estava tentando conduzir uma transformação na empresa, mas a detrimento de rentabilidade.
Ele fechou parcerias com o Facebook e Google, a fim de viabilizar o WhatsApp Pay e pagamentos digitais no Google Meu Negócio.
Para substituí-lo, foi escolhido Gustavo Souza, CFO nos últimos 2 anos e que trabalhou junto com Caffarelli no Banco do Brasil (BBAS3).
“Depois de ver seu valor de mercado se reduzir para apenas R$ 10,6 bi, ante os R$ 98 bi da Stone (STNE), a empresa precisa de mudanças”, aponta a corretora.
Mesmo com todos o problemas, a Genial reafirmou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 3,90.
“Nossa recomendação de compra é pautada numa recuperação de rentabilidade, valuation deprimido com alguns catalizadores como o WhatsApp Pay e venda de ativos”, aponta.
Para a Ágora Investimentos a troca foi negativa, já que foi amplamente inesperada.