Cielo, PagSeguro ou Stone? Quem mandou bem no 3º trimestre, segundo o UBS BB
Com o início da divulgação de resultados do setor de pagamentos, o UBS BB decidiu compartilhar suas projeções sobre o terceiro trimestre do ano de Cielo (CIEL3), Stone (STNE) e PagSeguro (PAGS). Segundo os analistas, essa temporada representará mais um trimestre aquém das expectativas para as empresas nos principais indicadores operacionais e financeiros.
O UBS BB projeta recuperação do volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês), principalmente para PagSeguro e Stone. Levando em consideração o aumento do consumo, o coronavoucher e as fortes adições líquidas, os analistas esperam um crescimento de 43% do TPV no comparativo anual.
Por outro lado, o take rate (taxa que fica com o adquirente) continuará pressionado pelo mix de cartões, enquanto os custos e as despesas podem subir por conta dos gastos com marketing. Dessa forma, a margem Ebitda pode cair de -2,3 pontos percentuais para -10,9 pontos percentuais na comparação ano a ano.
Cielo
O balanço trimestral da Cielo sairá nesta terça-feira (27), após o fechamento do mercado. Pelos impactos do coronavírus e pela baixa exposição a grandes varejistas, o UBS BB, que tem recomendação neutra para a ação, estima para a empresa um recuo de 8,9% do TPV em relação ao mesmo intervalo de 2019.
O Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, deve contrair 38%, enquanto a margem atingirá 22% (contra 32,9% no terceiro trimestre do ano passado).
O lucro líquido recorrente esperado é de R$ 144 milhões.
Stone
Os resultados da Stone vão sair nesta quinta-feira. O UBS BB estima um TPV de R$ 38,4 bilhões, representando um aumento anual de 17,9%.
As adições líquidas devem totalizar 51,5 mil no trimestre, enquanto o take rate esperado, influenciado pelos impactos do coronavoucher, é de 1,23%.
Os analistas projetam uma expansão ano a ano de 10,6% do Ebitda e a margem em 61,6%. O lucro líquido recorrente totalizará R$ 236 milhões.
A recomendação para o papel também é neutra.
PagSeguro
Para a PagSeguro, o TPV projetado é de R$ 42 bilhões – alta de 43% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. As adições líquidas somarão 400 mil, totalizando 6,2 milhões de comerciantes ativos.
O take rate deve seguir pressionado por conta do coronavoucher, que levou a um aumento do uso de cartões de débito. O Ebitda cairá 8,9% na comparação anual. Já a margem atingirá 30,1%.
O lucro líquido recorrente apresentará retração de 10,9%, para R$ 313 milhões.
Sobre a ação, o UBS BB indica compra.