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Cielo: o “anjo caído” não está pronto para levantar, afirma Bradesco-BBI

09 jan 2020, 14:03 - atualizado em 09 jan 2020, 15:14
Cielo
A Cielo deve ter registrado lucro de R$ 292 milhões no quarto trimestre (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Na tarde desta quinta-feira as ações da Cielo (CIEL3) operam com forte queda, liderando as perdas do Ibovespa. O mercado reage de forma negativa à notícia de que o Bradesco BBI rebaixou sua recomendação do ativo de Neutra para Venda (underperform), além de cortar o preço-alvo de R$ 7,00 para R$ 6,50. As informações foram divulgadas pelo site Valor Investe.

Assim, por volta das 12h55, os papéis perdiam 4,21% a R$ 7,50.

Em documento enviado a clientes, os analistas destacam o lucro da companhia devem seguir pressionados e, para reforçar a visão negativa, as renegociações de incentivos com os bancos parceiros não devem ser suficientes para alterar a visão sobre o futuro. Para eles, o “anjo caído não está pronto para levantar”.

Por outro lado, a equipe do Bradesco BBI reconhece que a Cielo realiza esforços, como uma política de preços mais agressiva, melhora na operação e na prestação de serviços. Apesar disso, eles entendem que os resultados ainda devem se deteriorar antes que essas iniciativas surtam resultados.

Na visão do banco, a Cielo deve ter registrado lucro de R$ 292 milhões no quarto trimestre, o que representa uma queda de 61% na base anual. Os números eram divulgados na segunda-feira, 27 de janeiro. Para 2020, a aposta é de lucro de R$ 1,021 bilhão, baixa de 37% sobre 2019.

Um dos principais problemas apontado pelo relatório é que a companhia tem dependido cada vez mais de sua joint venture com o Banco do Brasil (BBAS3) que opera o negócio de emissões de cartões do banco, a Cateno. Em 2018, essa divisão respondeu por 20% do lucro e deve ser de 34% em 2019, indo para 55% no próximo ano.