Cielo (CIEL3): Resgate compulsório de ações que sobraram da OPA é aprovado pelo valor de R$ 5,89

A Cielo informou ao mercado que realizará o resgate compulsório das ações da companhia que restaram em circulação (Imagem: Facebook/Cielo)

A Cielo (CIEL3) informou ao mercado que realizará o resgate compulsório das ações que restaram em circulação, após a realização a oferta pública de ações (OPA) que fechou o capital da empresa, mostra comunicado de segunda-feira (23).

Aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), a medida obrigada os acionistas minoritários que permaneceram com CIEL3 a vender suas ações para os controladores.

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Segundo o comunicado da Cielo, os titulares das ações vão receber o valor idêntico ao preço por ação da OPA, de R$ 5,82, ajustado pela taxa Selic acumulada desde 16 de agosto, data de liquidação do leilão, até a data do pagamento, que será em 26 de setembro de 2024. Dessa maneira, o valor final será de R$ 5,89.

“Diante da aprovação do resgate compulsório, fica encerrado antecipadamente o período de 3 (três) meses, contados da data do leilão da OPA, para a realização de aquisições supervenientes”, afirma a companhia.

Como fica quem ainda tem ações?

Como a oferta pública de aquisição de ações da Cielo cumpriu os requisitos para o fechamento de capital da empresa, quem ainda tem ações em suas carteiras serão obrigados a vender suas para os controladores.

Isso significa que será pago o valor determinado de R$ 5,89 por cada ação. O pagamento será efetuado por meio dos respectivos agentes de custódia dos titulares das ações, no caso de acionistas que possuem ações depositadas no ambiente de custódia da B3, e nas contas de titularidade dos acionistas no Bradesco (Escriturador), no caso de acionistas que possuem ações no ambiente escritural do banco.

Em relação aos acionistas cujos cadastros não estejam devidamente atualizados, o preço de resgate será
depositado e ficará à disposição no escriturador, e os acionistas deverão comparecer a qualquer agência do portando documentos pessoais.

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OPA da Cielo

O leilão da OPA da Cielo movimentou R$ 4,3 bilhões na B3. Por meio da holding EloPar, os controladores Bradesco e Banco do Brasil compraram 736.857.044 ações, a R$ 5,82 cada.

A OPA tinha por objetivo a compra de 902.247.285 milhões de ações ordinárias de emissão da empresa de maquininhas de cartões para o fechamento do capital da companhia. Para isso, conforme regra da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), era necessário que os acionistas titulares de pelo menos dois terços das ações aceitassem a oferta — o que aconteceu.

Após a oferta, a controladora da Cielo vai dar início ao processo de fechamento de capital da companhia, com a conversão de empresa classificada na categoria A para categoria B na CVM, deixando de ter autorização para emitir ações no mercado.