A ação ‘assimétrica e descontada’ que a filha de Barsi deixou de investir; saiba o porquê
Em recente entrevista ao podcast Gêmeos Investem, Louise Barsi, a herdeira do rei dos dividendos, Luiz Barsi, disse que não teria as ações de Cielo (CIEL3) na carteira no longo prazo.
Ao dizer quais papéis estava priorizando em seu portfólio, Louise explicou que enxerga a companhia como uma ação de oportunidade, e disse que vendeu todos estes tipos de papéis para focar em fazer uma carteira previdenciária.
“Eu vendi basicamente tudo de oportunidade e falei: ‘vou focar 100% na minha carteira previdenciária, porque tem aqui, excelentes ativos que vão retornar muito mais em dividendos lá na frente, em um futuro não muito distante”, afirmou.
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Na opinião da investidora, apesar das ações da Cielo estarem assimétricas e descontadas atualmente, o negócio foi muito disruptado e tem muita concorrência.
Louise disse ainda que os meios de pagamento já evoluíram muito, o que abre margem para questionamentos sobre como a empresa vai se reinventar.
“Por mais que a curto e médio prazo eu acredite que haja uma simetria, eu acho que está barato mas eu não coloco na minha carteira porque eu tenho outras prioridade. Agora, por exemplo, eu estou olhando para Transmissão Paulista (TRPL4)”.
Barsi saiu do papel: Cielo está ‘comendo rentabilidade’?
O analista da Ajax Asset, Rafael Passos, destacou ao Money Times que nos últimos cinco a seis anos, a Cielo vem “comendo rentabilidade”. A rentabilidade esta que está ainda bastante prejudicada por conta da mudança de mercado de sistema de pagamentos, segundo ele.
“Antes, você tinha Cielo como líder de market-share (quota de mercado) com mais de 50% do mercado, então ela conseguiu uma pressão muito forte em cima de grandes e médias empresas, principalmente com política de pagamentos, de até 30 dias”.
Na avaliação de Passos, com estes fatores, a companhia tinha um fluxo de caixa muito mais recorrente do que hoje. Segundo o analista, o fato é que nos últimos anos o próprio Banco Central fez mudanças “extremamente relevantes no setor, para de fato aumentar a competitividade”.
“Desde lá, Cielo, querendo ou não, vem tendo uma performance mais fraca em cima da rentabilidade. Consequentemente, dos dividendos”, avaliou.